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Poeiras de África estão de volta a Portugal

24 mar, 2022 - 15:37 • Hugo Monteiro com Redação

Desta vez, o fenómeno deverá ser menos acentuado do que o registado há cerca de uma semana, indica o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

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Portugal vai voltar a ser atingido por nuvens de poeiras do deserto do Saara, entre hoje e sexta-feira.

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), desta vez, o fenómeno deverá ser menos acentuado do que o registado há cerca de uma semana.

Em comunicado, o IPMA explica que “no sábado, a circulação de poeiras já não se fará notar”, devido “à existência de uma depressão localizada a sudoeste do território português que se irá deslocar para leste”, afastando, assim, as poeiras.

Na ultima semana, o país foi atingido por uma nuvem de poeira vinda do Norte de África, trazida pela depressão Célia. O efeito mais visível foi o céu de cor alaranjada, mas com "alteração da qualidade do ar".

De resto, o próprio IPMA advertiu que, por vezes, em períodos de concentrações mais elevadas, poderia haver “alteração da qualidade do ar com impacto ao nível da saúde”, bem como redução da visibilidade.

Recomendações à população da DGS

Durante o episódio de poeiras registado há cerca de uma semana, a Direção-Geral da Saúde (DGS) alertou para “uma situação de fraca qualidade do ar no Continente, com maior expressão nas regiões Norte e Centro”, devido às poeiras vindas do Norte de África.

“Este poluente (partículas inaláveis – PM10) tem efeitos na saúde humana, principalmente na população mais sensível, crianças e idosos, cujos cuidados de saúde devem ser redobrados durante a ocorrência destas situações”, advertia a DGS.

Tendo em conta a previsão do IPMA, a Renascença recorda-lhe agora as recomendações que a Direção-Geral da Saúde faz à população:

  • A população em geral deve evitar os esforços prolongados, limitar a atividade física ao ar livre e evitar a exposição a fatores de risco, tais como o fumo do tabaco e o contacto com produtos irritantes.
  • Os seguintes grupos de cidadãos, pela sua maior vulnerabilidade aos efeitos deste fenómeno, para além de cumprirem as recomendações para a população em geral, devem, sempre que viável, permanecer no interior dos edifícios e, preferencialmente, com as janelas fechadas: Crianças, idosos, doentes com problemas respiratórios crónicos, designadamente asma, doentes do foro cardiovascular.
  • Os doentes crónicos devem manter os tratamentos médicos em curso.
  • Em caso de agravamento de sintomas contactar a Linha Saúde 24 (808 24 24 24) ou recorrer a um serviço de saúde.

Para informação adicional sobre a qualidade do ar e os valores medidos nas estações de monitorização, pode ser consultada a página da internet da Agência Portuguesa do Ambiente ou a App QualAr.

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