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Fundação do Pulmão aconselha vacinação contra a gripe para doentes com formas graves de Covid-19

01 abr, 2022 - 07:59 • Anabela Góis , Olímpia Mairos

Estima-se que entre 30 a 50% dos adultos com diagnóstico de Covid-19 grave possam ter anomalias pulmonares persistentes.

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A Fundação do Pulmão alerta que quem teve formas graves de Covid-19 pode desenvolver anomalias pulmonares persistentes que facilitam as infeções. Por isso, é recomendada a vacinação antipneumocócica e antigripe.

Segundo o presidente da fundação esta é uma forma de prevenir as doenças respiratórias, que continuam a ser uma das principais causas de morbilidade e mortalidade em Portugal.

“Doentes que têm ou tiveram Covid grave podem ter com mais facilidade pneumonia e, por isso, para diminuir a morbilidade e a mortalidade, devem ser vacinados com as vacinas antipneumocócicas e com a vacina da gripe”, diz José Alves, assinalando que “as pessoas não podem decidir por elas”, que têm Covid grave, “tem que recorrer ao médico, isto é fundamental”.

O especialista explica não ser possível perceber claramente como evoluem as diferentes formas de Covid e quais as consequências daí a necessidade de um diagnóstico atempado.

“Nós não sabemos claramente como é que vão evoluir as diferentes formas de Covid”, diz, realçando que “houve formas de Covid que foram muito pouco traumatizantes para o pulmão e tiveram uma recuperação muito rápida, recuperação total” e ao mesmo tempo “situações em que há uma pneumonia grave que, inclusivamente por ser grave, necessita de ventilação”.

“Nestas situações, há a possibilidade de se formar sequelas e sofrer desarranjos arquitetónicos na forma pulmonar, desarranjos esses que facilitam as infeções. Nestes doentes é evidentemente útil, quase obrigatório, prevenir aquilo que é possível com as vacinas antipneumocócicas, com a vacina da gripe e, como é óbvio, fazer um diagnóstico atempado da situação de cada um”, reforça.

Estima-se que entre 30 a 50% dos adultos com diagnóstico de Covid-19 grave possam ter anomalias pulmonares persistentes.

Nos últimos dias, a afluência às urgências nos hospitais continua muito elevada e aumentaram os casos considerados mais graves. São sobretudo infeções respiratórias, gripes e doentes crónicos e complexos descompensados.

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