06 abr, 2022 - 21:00 • Redação
A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) considera que as condições atuais do Serviço Nacional de Saúde são um “convite de saída” a todos os médicos e enviou, esta quarta-feira, um pedido de reunião à Ministra da Saúde para discutir questões como a contratação, a melhoria das condições de trabalho e a falta de clínicos no SNS.
Em declarações à Renascença, Noel Carrilho, presidente da FNAM, queixa-se da “falta de abertura para negociar um contrato coletivo laboral que estabeleça condições de trabalho adequadas”.
O responsável explica, ainda, que o SNS se encontra num estado crítico, por causa da falta de médicos: “a insuficiência de médicos no SNS é sentida por todos os que necessitam dele, quer seja por quem precisa de um médico de família e não tem, e são mais de um milhão de portugueses que não têm, quer seja quem tem de esperar meses por uma consulta no hospital, ou meses por uma intervenção cirúrgica”, esclarece.
A FNAM reitera a urgência de medidas que “atraiam os médicos para o SNS”. Noel Carrilho afirma que “as medidas para atrair médicos para o Serviço Nacional de Saúde foram nenhumas, não houve sequer a vontade de se sentar para renegociar um acordo coletivo de trabalho que já está em divida dessa renegociação há muito tempo”, explica.
Noel Carrilho diz ainda que a resposta do Governo tem sido mínima e que “basta tentar nomear quais as medidas para atrair médicos para o Serviço Nacional de Saúde e a lista termina rapidamente”.
À Renascença, mostra a preocupação na falta de médicos no SNS. “Não houve nenhuma atuação e o resultado está à vista, a insuficiência de recursos humanos médicos no SNS e, portanto, a incapacidade de assistir quem a ele se dirige”, alerta Noel Carrilho.
O presidente da FNAM diz ainda que “o que nós queremos é abertura negocial, uma postura diferente daquela que foi mostrada na legislatura prévia”.
Noel Carrilho alerta para o estado de rutura do SNS. “Estas condições de trabalho são quase um convite para os médicos saírem do Serviço Nacional de Saúde”, remata à Renascença.