20 abr, 2022 - 22:14 • Lusa
Em resposta a perguntas colocadas hoje pela agência Lusa, fonte da Procuradoria-Geral da República disse que o MP recebeu um auto de ocorrência da GNR relativo à publicação, "o qual deu origem a um inquérito", que está em fase de investigação.
Também em resposta a perguntas da Lusa, a GNR informou que "não tem registo de denúncias ou de ocorrências" na zona de Serpa, no distrito de Beja, "relacionadas com o descrito" na publicação na rede social Twitter.
No entanto, a GNR "teve conhecimento" da publicação, a qual enviou para o MP, por "descrever factos que poderão configurar a prática de crimes".
As perguntas da Lusa foram colocadas após os jornais Sol e inevitável terem noticiado hoje que "cerca de duas centenas de migrantes moldavos estarão a ser escravizados em Serpa", segundo uma denúncia feita no Twitter por um jovem universitário moldavo, Catalin Schitco.
Os sete militares da GNR, que se encontram proviso(...)
No texto publicado no domingo e consultado hoje pela Lusa, Catalin Schitco escreveu: "Recebi uma denúncia, de fonte fidedigna, que em Serpa, Beja, 200 moldavos estão neste momento a ser escravizados. O salário é enviado para o patrão no estrangeiro que não lhes paga. E isto não é o mais chocante".
Acrescentando depois, numa resposta à publicação, que "a mesma fonte acrescenta que [a] GNR sabe do sucedido e tem acordos com os patrões criminosos".
Em declarações ao inevitável, o estudante alegou que foi "abordado por uma moradora de uma aldeia em Serpa, avó de uma amiga próxima", que lhe terá contado "a história".
Segundo Catalin Schitco, a mulher terá conseguido "comunicar com um imigrante", que lhe terá contado que "os trabalhadores não recebem salários fixos" e "o dinheiro é enviado de forma centralizada para uma pessoa no estrangeiro que depois o redistribui, sem qualquer tipo de periodicidade fixa ou garantida". .
Na resposta à Lusa, a GNR referiu ainda que "tem estado particularmente atenta" à situação dos imigrantes e "tem realizado ações de policiamento e de fiscalização, intensificadas desde janeiro", no distrito de Beja.
As ações de policiamento e de fiscalização visam, segundo a GNR, "detetar possíveis situações de exploração de trabalhadores" e de "outros fenómenos associados" e "garantir a maior proteção possível" aos imigrantes que estão a residir ou a trabalhar naquele distrito.
O despacho da decisão do anterior ministro da Admi(...)