27 abr, 2022 - 19:21 • Ricardo Vieira e Filomena Barros
O Ministério da Educação vai abrir candidaturas para cinco mil professores. O objetivo é resolver o problema das faltas neste ano letivo.
O anúncio foi feito esta quarta-feira, pelo ministro João Costa, após uma reunião com os sindicatos representantes dos docentes.
Para o atual terceiro período escolar, o Governo vai avançar com duas medidas:
Em declarações aos jornalistas, o ministro da Educação, João Costa, diz que estas medidas destina-se a resolver o problema da falta de professores, sobretudo, nas regiões mais afetadas de Lisboa e Vale do Tejo e o Algarve.
“Um conjunto de medidas imediatas, que pretendemos que se aplique já neste terceiro período, como o levantamento de penalidades que impediam alguns professores de concorrer por não terem aceitado um horário a que se tinham candidatado. Isto vai-nos disponibilizar, de imediato, cerca de cinco mil professores que estavam impedidos de se apresentar a concurso nas escolas e que poderão voltar a candidatar-se”, declarou João Costa.
"Também uma autorização para que nas regiões mais afetadas pela falta de professores, que são: Lisboa e Vale do Tejo e o Algarve, possamos ter completamento de horários. Ou seja, para não pormos a concurso horários com poucas horas, que podem não ser atrativos para os professores e estes horários são completados com atividades de apoio aos alunos e de compensação para os alunos que estiveram mais tempo sem aulas", explicou o ministro, em conferência de imprensa.
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Para o próximo ano letivo, o Ministério da Educação também apresentou aos sindicatos três medidas que pretende colocar em prática.
A primeira passa pela "alteração, já para o ano letivo de 2022/23, das condições de renovação dos contratos dos professores contratados, de modo a criar maiores condições de estabilidade e assegurar a continuidade do trabalho nas escolas contribuindo assim para uma mais eficaz recuperação das aprendizagens".
A tutela também pretende avançar com a regulamentação da mobilidade por doença e com a revisão das habilitações para a docência.
De acordo com o ministério de João Costa, será ainda desenvolvido trabalho com vista a "rever o modelo de recrutamento de professores para potenciar a estabilidade no acesso à carreira e a vinculação mais rápida a quadro de agrupamento e de escola não agrupada".
O Governo também tenciona "rever os modelos de formação inicial de professores, possibilitando uma maior imersão da formação no contexto escolar, retomando a remuneração dos estágios profissionais, e a atualização científico-pedagógica de professores que pretendam regressar à carreira".