29 abr, 2022 - 09:44 • Celso Paiva Sol
Há novos desenvolvimentos nos casos de assédio dentro das faculdades portuguesas.
Na Faculdade de Direito de Lisboa, o professor assistente que propôs mecanismos para que se investigassem as denúncias está agora a ser alvo de um processo disciplinar.
O processo não se deve a qualquer suspeita de assédio, mas por ter revelado pressões de outros professores sobre a Associação de Estudantes, para que “determinados assuntos” não fossem discutidos em público.
Ao que conta a edição desta sexta-feira do “Diário de Notícias”, Miguel Lemos – o assistente que esteve na origem da criação da comissão paritária que, em apenas 11 dias, recebeu 50 denúncias – foi esta semana notificado de que é alvo de um processo disciplinar pelo reitor da Universidade de Lisboa.
O processo investiga ofensas à honra e dignidade de um dos professores daquela Faculdade.
No Porto, na Faculdade de Letras, o “Jornal de Notícias” revela nesta sexta-feira o caso de uma aluna que acusa um professor de chantagem e violação.
A aluna em causa apresentou uma queixa-crime na PSP e denunciou os factos à Faculdade. Fala em assédio e coação sexual dentro das instalações universitárias, a que se seguiram alguns meses de chantagem e abusos.
Ao JN, o advogado deste professor diz que tudo não passa de uma cabala, sem qualquer correspondência com a realidade, que será devidamente provada quando o docente for ouvido pelas autoridades.