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OMS avalia Portugal. País é “exemplo” na luta contra a Covid-19

02 mai, 2022 - 15:33 • Liliana Monteiro , Rosário Silva

Organização Mundial de Saúde está de visita a Portugal para avaliar como correu a resposta à pandemia. O país é o primeiro da Europa a receber exercícios de avaliação de resposta a emergências.

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece que a resposta portuguesa à pandemia é “um exemplo” que deve ser evidenciado.

De acordo com Samira Asma, uma das diretoras da OMS que trabalha diretamente com a análise de dados, casos e os seus impactos, “Portugal lidou com a pandemia de Covid-19 como um exemplo”, realçando que a cobertura da taxa de vacinação “é praticamente de 100%, comparativamente com outros países”.

A responsável integra uma equipa da OMS que está de visita a Portugal, a partir desta segunda-feira, no âmbito de um projeto piloto que pretende avaliar e reforçar a resposta a emergências de saúde pública.

Com esta iniciativa é possível avaliar como correu a resposta do país à pandemia e os primeiros resultados desta visita vão ser apresentados num encontro agendado para a próxima sexta-feira, no auditório do Infarmed, em Lisboa.

Para Samira Asma, todo o trabalho desenvolvido pelo nosso país está associado a “uma história de compromisso politico elevado e de confiança” estabelecido entre o Governo e os portugueses.

“O Governo atuou em estreita colaboração com a ciência, fazendo uso de dados do sistema de saúde”, o que é “muito importante para percebermos estes casos e estas práticas” e, assim, “partilhá-las com o mundo”.

A visita desta equipa da OMS decorre no âmbito da Universal Health and Preparedness Review (UHPR), uma iniciativa que “pretende reforçar a partilha de recursos da saúde com parceiros das áreas do ambiente, saúde animal, defesa, administração interna, igualdade de género, entre outras, no âmbito da preparação e resposta a emergências de saúde pública”.

“Acreditamos plenamente que o caminho passa por juntar os países, num ato de solidariedade e de cooperação, de partilha de experiências e as melhores práticas”, refere a responsável

Para que tal aconteça, é necessário, acrescenta, “conseguir uma solução para um fundo”, para que os “países se mantenham preparados” para crises como esta.

“Não podemos esperar que as crises batam primeiro à nossa porta”, por isso, há que “partilhar recursos e as melhores experiências”, defendeu, Samira Asma, esta manhã, em Lisboa, na sessão inaugural da visita que contou com a presença, entre outros, do diretor do programa das emergências da OMS Europa.

Gerald Rockenschaub considerou que “Portugal tem feito um bom trabalho a nível nacional”, por isso, “é preciso dar a conhecer essa experiência”, para se poder anunciá-la ao mundo.

“Portugal dispôs-se a fazer essa partilha, através de uma abordagem transparente, para que outros países possam aprender”, destacou.

O diretor do programa das emergências da OMS Europa destacou também a importância dos “parceiros da União Europeia, do Centro de Controlo de Doenças da OMS e de outros países vizinhos como a França”.

Questionado sobre quanto à perceção da OMS no que diz respeito à evolução da pandemia, o responsável referiu que se assiste de momento “a uma estabilização com tendência de declínio da Covid”.

Muitos países aliviaram as restrições, daí que Gerald Rockenschaub deixa o aviso: “Temos de nos manter vigilantes e em alerta para identificar novas variantes. Manter a imunização é a única forma de combater a Covid”.

Segundo a DGS, Portugal é um “país piloto nesta iniciativa”, que oferece uma oportunidade para agilizar estratégias e procedimentos.

“Vamos saber se a utilização da rede que a autoridade de saúde portuguesa, tem ou não, impacto na gestão da pandemia”, realça, Rui Portugal, exemplificando com algumas questões.

“O sistema de vigilância de mosquitos e outros vetores é suficiente para o controlo de novas ameaças e doenças no país? Que implicações transfronteiriças? Ou que relações temos com outros países para controlo das nossas ameaças? Como aplicamos o regulamento sanitário e qual o seu impacto na defesa e proteção das populações?”, perguntas, entre outras, que vão estar em foco nos próximos dias.

Ao longo desta semana vão desenvolvidos grupos de trabalho com instituições dos diferentes sectores e realizadas visitas às regiões do Norte, Lisboa e Vale do Tejo e Algarve.

Quanto aos resultados finais deste trabalho serão apresentados na Assembleia Mundial da Saúde.

Rui Portugal, subdirector da DGS, explicou aos jornalistas o exercício desta semana com a OMS e outros países.

“Vamos saber se a utilização da rede de autoridade de saúde portuguesa tem, ou não, impacto na gestão da epidemia. Por exemplo, o sistema de vigilância de mosquitos e outros vetores é suficiente para o controlo de novas ameaças e doenças para o país? Que implicações transfronteiriças? Que relações temos com outros países para o controlo das nossas ameaças, como aplicamos o regulamento sanitário internacional e qual o seu impacto na defesa e proteção da nossa população e das outras também?”, disse Rui Portugal.

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