04 mai, 2022 - 12:47 • Diogo Camilo
O primeiro-ministro português, António Costa, aceitou o convite para visitar Kiev, feito pelo homólogo ucraniano, Denys Shmygal, após uma reunião de trabalho por videoconferência.
"O primeiro-ministro convidou-me a visitar a Ucrânia em data a acertar, convite que aceitei. Incluirá um encontro com o Presidente da República da Ucrânia, Volodymyr Zelensky", disse Costa em declarações em São Bento após o encontro à distância. A data da visita será divulgada "em momento oportuno", mas o chefe de Governo português anunciou que será assinado um acordo de apoio financeiro de Portugal no âmbito do programa de apoio do Fundo Monetário Internacional (FMI) de apoio à Ucrânia, um "apoio substancial", segundo Costa.
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Em declarações após a reunião por videoconferência, Costa reafirmou a solidariedade para com o povo ucraniano, sublinhando que Portugal foi “dos primeiros países” a condenar a guerra “ilegal, ilegítima e brutal” que a Rússia iniciou na Ucrânia, exigindo o cessar-fogo, o restabelecimento da paz e o apuramento das responsabilidades de alegados crimes de guerra por parte de forças russas.
Questionado sobre o pedido de adesão da Ucrânia à União Europeia, o primeiro-ministro indicou que há ainda passos a dar no imediato, como um "compromisso quantificado e claro" de apoio "total" para a reconstrução da Ucrânia por parte da UE. "Não nos devemos distrair com objetivos de médio ou longo prazo quando há respostas que têm de ser imediatas", disse, lembrando que este tipo de processos são "extremamente demorosos".
Costa referiu ainda que Portugal dará uma "contribuição substancial" à Ucrânia, que tem necessidades financeiras na ordem dos cinco mil milhões de euros por mês. O primeiro-ministro português disse ainda que a reabertura da embaixada portuguesa em Kiev já tem data marcada, que não será divulgada por razões de segurança, e que nunca deixou de funcionar.
À Renascença, fonte oficial da Presidência da República não confirmou se Marcelo Rebelo de Sousa estará também nesta visita, indicando que terá de ser o seu homológo, Volodymyr Zelenskiy, a estender o convite.