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Covid-19

"É raro o cliente que entra no restaurante de máscara. Isto vai descambar"

19 mai, 2022 - 16:06 • Isabel Pacheco

Com o número de casos de Covid-19 a subir, empresários da restauração defendem o regresso do uso obrigatório de máscaras nos restaurantes. Em Braga, grande parte dos trabalhadores do setor mantém a proteção e as opiniões dividem-se quanto ao uso obrigatório de máscara por parte dos clientes.

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Na pizaria de Maria Campos, em Braga, nem funcionários, nem a proprietária deixaram cair a máscara de proteção à Covid-19. O mesmo não se pode dizer de quem chega ao restaurante. “É raro o cliente que entre no restaurante de máscara”, lamenta a empresária.

“Nós é que temos o cuidado de a usar”, explica Maria Campos, que defende o regresso da máscara em nome da “saúde de todos” e da “própria empresa”.

“É para salvaguardar a nós, seres humanos, e a nós, empresa, para conseguirmos continuar a trabalhar”, explica Maria Campos que explica ser a favor do regresso de “novas precauções”.

“Por mim, devíamos continuar a usar máscaras”, defende a empresária que, em vésperas de festas populares, receia um agravamento da situação. “Isto vai descambar, os números já estão a subir”, alerta.

O mesmo receio é partilhado por Mónica. A jovem que gere um espaço de refeições buffet em Braga acredita que, perante o aumento do número de casos de Covid-19, deve-se apostar na segurança.

“Por nós, restauração, e pelos outros empresários, acho que devíamos voltar a usar máscara para evitar o agravamento da situação”, diz.

Opinião diferente tem Marco Araújo. Apesar de manter o uso da máscara, o empresário da restauração não está convencido das vantagens de obrigar os clientes a fazerem o mesmo.

Para o bracarense, o uso de máscara dentro do restaurante “não faz muito sentido”. “Os clientes entram com máscara, mas depois têm de a tirar”, explica Marco Araujo.

Ainda, assim, há clientes do restaurante de Marco que usam máscara. É o caso de Artur Lopes que mantém a proteção enquanto aguarda pelo almoço. “Acho que devíamos manter a máscara, sobretudo, em espaços fechados. Agora na rua, não”, diz o cliente.

Já para Gabriel Confessori, outro frequentador do restaurante, a máscara já não é opção. “Se deixou de ser obrigatório acho que não é preciso. Se você está a comer, não faz muito sentido”, remata.

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