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Incêndios. Forças Armadas apoiam vigilância e combate com 12 drones

19 mai, 2022 - 17:02 • Lusa

Assegurando vigilância diurna e noturna, missão com drones deverá começar a 1 de junho, a partir das bases de Mirandela, Beja e Lousã.

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As Forças Armadas (FA) vão apoiar as ações de vigilância e combate aos incêndios rurais com 12 aeronaves não tripuladas, devendo essa missão começar no dia 1 de junho.

As equipas e os drones terão as suas bases em Mirandela, Beja e Lousã, concelho do distrito de Coimbra onde terminou hoje o "Zefiro 22", um exercício de treino e preparação dos trabalhos de verão que envolveu meios dos três ramos das FA: Exército, Marinha e Força Aérea.

"Nove equipas são o mínimo para operar nas três bases", disse o major-general Paulino Serronha, no Centro de Meios Aéreos da Lousã.

O chefe do Estado Maior do Comando Conjunto para as Operações Militares falava aos jornalistas, no final de uma apresentação do "Zefiro", na qual foi explicado o desenvolvimento da capacidade de intervenção, com sistemas aéreos não tripulados, em missões de proteção civil.

Drones asseguram vigilância diurna e noturna

"Continuamos a dar formação a novos pilotos destas aeronaves", adiantou Paulino Serronha, ao explicar que o sistema inclui vigilância diurna e noturna, tendo em conta que "também existem muitas ignições" durante a noite que os drones estão em condições de detetar.

Os drones "não estão sempre todos operacionais", mas pelo menos seis estarão "sempre prontos", diariamente e a nível nacional.

Aeronaves deste tipo, que apoiam os serviços de proteção civil, "não são usadas" atualmente em "operações militares de outra natureza", porém, isso "não quer dizer" que não o venham a ser no futuro, admitiu o mesmo responsável.

No âmbito de missões internacionais, as forças militares que Portugal tem atualmente na República Centro Africana e na Roménia dispõem de "algumas aeronaves não tripuladas", mas apenas "com capacidade de deteção e vigilância", referiu.

Em 2020, o sistema de aeronaves não tripuladas realizou 395 horas de voo, na vigilância dos fogos florestais, e cumpriu 578 horas em 2021, número que deverá aumentar este ano, segundo as previsões dos responsáveis.

Em 2020 e 2021, ocorreram quatro acidentes com quedas destas aeronaves, que "estão em vias de ser substituídas".

O Zéfir teve como objetivo exercitar a estrutura de comando, controlo e comunicações, que funciona em articulação com a GNR, na vigilância, e com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, no combate aos fogos.

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