30 mai, 2022 - 16:08 • Olímpia Mairos
Com o verão à porta, a grande preocupação do Centro Hospitalar de Lisboa Central prende-se com a falta de enfermeiros.
Em declarações à Renascença, a presidente do conselho de administração, Rosa Valente Matos, revela que há autorização para contratar, mas não há enfermeiros no mercado.
“Temos o problema relativamente à enfermagem, que, acho, é nacional. Temos, neste momento, alguma falta de enfermeiros. Isso é um problema nacional. Não temos enfermeiros para contratar; não temos falta de autorização para contratar: não temos é, neste momento, mercado, ou seja, enfermeiros para contratar”, explica.
Uma lacuna que se vai colmatando com planeamento e pedindo um esforço acrescido aos profissionais de saúde.
“É isso que estamos a fazer, a planear, para, quando chegarmos aos meses de julho, agosto e setembro podermos ter aqui ter equipas que possam responder àquilo que o centro tem que responder, não só em termos do seu internamento, como da sua urgência, como da sua consulta externa”, esclarece.
A responsável adianta que já foram “abertos alguns concursos para prestação de serviços, tanto na área médica como na área de enfermagem, para que as equipas possam gradualmente ser substituídas”.
“Vamos continuar a recorrer a prestadores de serviços na área da urgência e, se calhar, não direi que não, já estamos a preparar, se calhar, em algumas áreas e meios complementares que poderá ser necessário outro tipo de profissionais. E estamos, neste momento, a fazer esse trabalho; aliás, já começamos a fazer para quando chegar a meados de junho, julho e agosto termos as equipas com o número de profissionais necessários”, acrescenta.
O verão, com muitos profissionais de saúde em gozo de férias, é sempre uma preocupação e, por isso, o Centro Hospitalar de Lisboa Central admite recorrer a tarefeiros para servir a população.
“O verão é sempre uma preocupação. Nós já estamos a trabalhar; claro que recorremos a tarefeiros, é uma altura de férias, os profissionais estão cansados, e temos que ter profissionais satisfeitos, para termos também doentes bem tratados. Temos que olhar sempre estas duas vertentes: profissionais satisfeitos e doentes satisfeitos”, sublinha a presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar de Lisboa Central que integra os hospitais S. José, Curry Cabral, D. Estefânia, Capuchos, Santa Marta e Maternidade Alfredo da Costa.