17 mai, 2022 - 17:33 • Diogo Camilo e Ana Carrilho
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Esta quarta-feira realiza-se nova greve parcial dos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa, não havendo circulação de comboios entre as 5h00 e as 9h00 da manhã, prevendo-se que o transporte só tenha início a partir das 9h30. Mas as paralisações não devem parar por aqui.
Isto porque foi entregue um pré-aviso de greve para junho, que pode colocar em risco o prolongamento de horários habituais durante os Santos Populares e durante eventos especiais, como o festival de música Rock in Rio, que acontece nos fins de semana de 18 e 19 de junho e 25 e 26 de junho.
Habitualmente, na noite de Santo António de 12 para 13 de junho, a linha verde e azul do metro de Lisboa têm o seu horário estendido devido às festas populares, que este ano voltam à rua depois de dois anos sem se realizarem devido à pandemia de covid-19.
A decisão saiu de um plenário realizado esta terça-feira de manhã e passa a abranger todos os trabalhadores do Metro de Lisboa, disse à Renascença Nuno Fonseca, presidente do SITRA.
“A curto prazo, estamos a falar do Rock in Rio e dos Santos Populares”, confirma o sindicalista.
Apesar de já haver reuniões com a administração e que visam especialmente a situação dos trabalhadores da Direção Operacional, entre os quais os maquinistas, segundo Nuno Fonseca, não há qualquer aproximação.
Por isso, as greves parciais vão continuar e podem evoluir para período mais prolongados, eventualmente, para uma greve de 24h00.
Até lá, está ainda prevista outra greve parcial, para a sexta-feira da próxima semana, dia 27 de maio, também entre as 5h00 e as 9h00, por protesto contra a falta de condições de trabalho na área operacional.
Transportes
Trabalhadores cumprem períodos de greve parcial a (...)
A situação de trabalhadores no Metro de Lisboa não é nova: em janeiro, uma greve parcial prevista para os dias 17 e 19 janeiro foi desconvocada, após trabalhadores terem informado sobre um “diálogo significativo” entre empresa e sindicatos.
No entanto, dois meses depois, as paralisações foram mesmo para a frente, com greves parciais a 11 e 18 de março. A 14 e 22 de abril, duas novas greves parciais entre as 5h00 e 10h00.
Desde então, todas as semanas, à exceção de uma, têm registado paralisações parciais de trabalhadores do Metro. Com a greve que acontecerá esta quarta-feira e a da próxima semana, serão 10 dias de protesto em menos de meio ano.