07 jun, 2022 - 18:16 • Núria Melo
A distribuição de medicamentos pode ficar ameaçada se os preços dos combustíveis e da energia se mantiverem elevados. O aviso é do presidente da Associação dos Distribuidores Farmacêuticos (Adifa).
Em declarações à Renascença, Nuno Flora explica que, para já, os medicamentos não ficarão em falta, mas que a rapidez do serviço de distribuição pode estar em causa.
"O medicamento não vai deixar de estar disponível para as farmácias, mas a rapidez do setor de distribuição pode estar condicionada", explica Nuno Flora.
Os distribuidores não têm a possibilidade de ajustar o preço, já que está regulado e fixado pelo Governo, o presidente da ADIFA diz que o setor está "continuamente a absorver custos e há um limite em que esse aumento interfere com as operações".
A Antram diz que o Governo tem vindo a fazer ouvid(...)
Associação de Distribuidores Farmacêuticos pede ao Governo que tome medidas urgentes para minimizar os aumentos dos últimos meses.
Entre as medidas propostas, incluem-se o acesso a gasóleo profissional, a majoração na dedução dos gastos com combustíveis, o reembolso parcial do Imposto sobre Produtos Petrolífero (ISP), a dedutibilidade do IVA no gasóleo, bem como a isenção do pagamento do imposto único de circulação das viaturas afetas à atividade da distribuição farmacêutica.
O presidente da Associação dos Distribuidores Farmacêuticos (Adifa) fala num "aumento de 20% em custos energéticos".
Nesta cadeia de distribuição os custos com transporte representam 30% da despesa fixa.
Nuno Flora alerta para o aumento considerável de custos energéticos, de armazenamento e de transporte que poderá colocar em risco a distribuição de medicamentos.
[notícia atualizada às 20h33]