15 jun, 2022 - 16:41 • Lusa
Portugal vai receber 2.700 doses das vacinas contra o vírus Monkeypox adquiridas pela Comissão Europeia, confirmou hoje a Direção-Geral da Saúde (DGS), que está a definir a forma como serão utilizadas.
"A distribuição das vacinas será efetuada de forma proporcional à população dos diferentes países, cabendo a Portugal cerca de 2.700 doses, de acordo com a disponibilidade possível à data", adiantou a DGS.
Segundo a mesma fonte, a coordenação do Programa Nacional de Vacinação, a Comissão Técnica de Vacinação da DGS e a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) estão a avaliar uma estratégia de vacinação para as doses que vierem a ser disponibilizadas para Portugal, "estando a ser elaborada uma norma técnica que definirá de que forma será utilizada esta vacina".
De acordo com a DGS, está ainda a ser desenvolvida a operação de distribuição das vacinas pelos vários Estados-membros, que "irá priorizar os países mais afetados" por casos de infeção pelo vírus Monkeypox.
De acordo com os últimos dados da autoridade de saúde, Portugal registou mais 10 casos de infeção pelo vírus Monkeypox, elevando para 241 o total de pessoas infetadas, todos homens que estão clinicamente estáveis.
Na terça-feira, a Comissão Europeia anunciou que adquiriu quase 110 mil doses de vacinas em resposta ao surto de Monkeypox na Europa e que começam a ser proporcionalmente distribuídas no final de junho nos países que já as autorizaram.
O contrato para a aquisição de 109.090 doses da vacina de terceira geração da farmacêutica Bavarian Nordic foi concluído pela autoridade europeia de preparação e resposta a emergências de saúde pública saúde (HERA, no acrónimo inglês).
Dado o aumento do número de casos, o contrato permitirá que as vacinas estejam rapidamente acessíveis a todos os Estados-membros, Noruega e Islândia.
Uma vez disponíveis as vacinas de terceira geração, a HERA irá colocá-las à disposição dos países envolvidos, começando pelos mais necessitados.
Considerando o grande número de casos, as entregas das doses começam no final do mês nos Estados-membros que já autorizaram o uso desta vacina, com uma base "pro rata", ou seja medida proporcionalmente.
A vacina de terceira geração só é atualmente autorizada na UE para proteger os adultos contra a varíola, mas protege também contra a varíola dos macacos.
A Hera é a agência da Comissão Europeia responsável pelo fortalecimento da segurança da saúde no espaço da União Europeia e pela preparação e resposta dos seus Estados-membros a crises de saúde pública.