18 jun, 2022 - 19:44 • Lusa
Num relatório tornando público no Dia Internacional para a Eliminação do Discurso de Ódio, a FIFA revelou que, nas fases decisivas do último Europeu e CAN, foram estudadas cerca de 400 mil mensagens divulgadas nas redes sociais e que, nesse período, “mais da metade dos jogadores recebeu insultos vindos, em grande parte, de seus próprios compatriotas”.
“Comentários homofóbicos (40%) e racistas (38%) são responsáveis por grande parte dos casos”, explicou o organismo que rege o futebol mundial.
Por isso mesmo, a cinco meses do Mundial2022, que vai decorrer em novembro e dezembro no Qatar, a FIFA e o Sindicato Internacional de Futebolistas (Fifpro) lançaram um plano para proteger “equipas, jogadores, árbitros e adeptos” desse tipo de ataques durante as competições internacionais.
“Decidimos lançar um serviço de moderação em que um algoritmo, no futebol masculino e feminino, detetará automaticamente termos odiosos presentes no seu banco de dados e publicados em contas identificadas, a fim de tornar a mensagem invisível a todos”, explicou a FIFA.
Em declarações divulgadas no site oficial do organismo, o presidente Gianni Infantino considerou que há uma “tendência preocupante de publicar mensagens inaceitáveis” e que esse tipo de “discriminação, como todas as outras, não tem lugar no futebol”.
“O nosso dever é proteger o futebol e, portanto, os jogadores”, frisou Infantino.
A FIFA e a Fifpro também vão passar a oferecer “apoio educacional e recomendações de saúde mental a todos os jogadores”.