21 jun, 2022 - 15:57 • Manuela Pires , com Redação
O diretor nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP), Magina da Silva, revelou esta terça-feira no Parlamento que, até agora, apenas 19 polícias aceitaram a comissão especial no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) nos aeroportos.
“Até à data é um processo que ainda está em curso, porque procedemos à auscultação dos polícias conforme vão terminando a sua formação”, afirmou.
“Neste momento, 19 polícias responderam afirmativamente a transitarem para a figura da comissão especial de serviço”, adiantou este responsável.
O plano de contingência para os postos de fronteira dos aeroportos portugueses para o período de junho a Setembro de 2022, abrange 168 agentes da PSP, que vão passar a estar sob o comando operacional do SEF no controlo de passageiros.
Magina da Silva foi também questionado sobre a situação nos aeroportos, com destaque para as horas de espera para atravessar a fronteira, respondendo com o exemplo de outros países, onde a situação é semelhante à portuguesa.
“Na Holanda, estão a cancelar voos, em Londres e em vários outros países, também”, exemplificou.
“Os controlos fronteiriços serão sempre, inevitavelmente, gargalos, afunilamentos, se a massa de liquido que tiver de passar por esse gargalo for superior à sua largura”, acrescentou o diretor nacional da PSP, que garantiu aos deputados que esta força de segurança está a pronta para receber os inspetores do SEF.
Na comissão parlamentar desta terça-feira, onde foi ouvido sobre a extinção do SEF, o diretor nacional da PSP garantiu que todos os direitos dos inspetores do SEF vão ser acautelados, nomeadamente o direito à greve.
Por outro lado, defendeu algumas mudanças, nomeadamente no que diz respeito à diferença de salários que existe entre a PSP e o SEF.
“Um polícia, em inicio de carreira, ganha cerca de metade de um funcionário do SEF ou da Polícia Judiciária. Penso que deveríamos tentar caminhar para o encurtamento desta grande assimetria remuneratória”, aludiu.