23 jun, 2022 - 11:28 • Carla Caixinha
A Direção-Geral da Saúde registou mais 11 casos de Monkeypox. No total, já foram registados 328 casos de infeção humana pelo vírus em Portugal.
A maioria das infeções foram notificadas em Lisboa e Vale do Tejo, mas também há registo de casos nas regiões Norte e Algarve.
Todos os casos confirmadas da Varíola dos Macacos são em homens entre os 19 e os 61 anos, tendo a maioria menos de 40 anos.
Os pacientes identificados mantêm-se em acompanhamento clínico, encontrando-se estáveis. A informação recolhida através dos inquéritos epidemiológicos está a ser analisada para contribuir para a avaliação do surto a nível nacional e internacional.
A DGS continua a acompanhar a situação a nível nacional em articulação com as instituições europeias.
De acordo com as autoridades de saúde, a manifestação clínica da Monkeypox é geralmente ligeira, com a maioria das pessoas infetadas a recuperar em poucas semanas da doença.
Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, nódulos linfáticos inchados, calafrios, exaustão, evoluindo para uma erupção cutânea.
O período de incubação é tipicamente de seis a 16 dias, mas pode chegar aos 21 e, quando a crosta cai, a pessoa infetada deixa de ser infecciosa.
A diretora-geral da Saúde revelou que Portugal vai receber até ao final do mês as 2.700 vacinas disponibilizadas pela União Europeia para pessoas que tiveram contacto com doentes infetados com o vírus Monkeypox.
Até ao mês passado, a Monkeypox só tinha causado surtos consideráveis na África Central e Ocidental, sendo que o continente africano relatou até agora mais de 1.500 casos e 72 mortes suspeitas, numa epidemia separada.
As vacinas nunca foram usadas em África para controlar a varíola dos macacos.