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Continente está oficialmente em seca severa ou extrema

27 jun, 2022 - 19:42 • Lusa

Reconhecimento oficial da situação pelo Governo visa minimizar efeitos da seca na atividade agrícola e no rendimento dos agricultores.

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O Governo reconheceu oficialmente, nesta segunda-feira, a existência de uma situação de seca severa e extrema agrometeorológica em todo o continente, "o que consubstancia um fenómeno climático adverso, com repercussões negativas na atividade agrícola".

O reconhecimento oficial foi hoje publicado em Diário da República através de um despacho de 21 de junho da ministra da Agricultura e Alimentação, Maria do Céu Antunes.

No despacho citam-se os dados de monitorização agrometeorológica e hidrológica para se dizer que a situação de seca no continente, após ligeira melhoria nos meses de março e abril, "voltou a apresentar um agravamento significativo nos meses de maio e junho de 2022 com consequentes impactos negativos na atividade agrícola".

Portugal continental estava em maio com cerca de 97,1 % do território na classe de seca severa e 1,4 % na classe de seca extrema. "Esta situação sofreu um agravamento na 1.ª quinzena de junho com a totalidade do território continental em situação de seca severa ou extrema", diz-se no documento.

A 15 de junho o ano hidrológico 2021/22 apresentava um défice de precipitação acumulada de 408 milímetros inferior ao normal, diz-se também no despacho, que refere igualmente a descida do volume de água armazenada em grande parte das bacias hidrográficas.

O reconhecimento oficial da situação de seca extrema ou severa em Portugal continental visa minimizar os efeitos da seca na atividade agrícola e no rendimento dos agricultores.

O despacho remete para o artigo 29.º do decreto-lei 32/2022 (que aprova o regime de organização e funcionamento do XXIII Governo Constitucional), que refere a organização e competências do Ministério da Agricultura, nomeadamente a execução das políticas em matéria de agricultura e a coordenação e aplicação de fundos nacionais e europeus para a agricultura.

Comentários
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  • Gota a Gota
    01 jul, 2022 Portugal 10:45
    Recursos hidrologicos são demasiado importantes, fundamentais e transversais, para não serem estruturantes até na definição da "vocação" económica do país. Um país com as características hidrológicas do nosso, tem que escolher o que é adequado, o que não é adequado, e o que é limite ou "proibitivo". Em termos de actividades económicas, organização do território, cidades, demografia, a pressão destas sobre os recursos, e a optimização e rentabilização. Deve estar a montante, e não apenas a jusante, depois de "tudo decidido". Não é "só" uma questão de Ambiente. É uma questão de estrutura e de sustentabilidade, social e económica também.

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