Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Greve dos trabalhadores da Saúde com adesão de 90%

01 jul, 2022 - 13:17 • Filomena Barros , Olímpia Mairos

Na greve de 24 horas, que não inclui médicos e enfermeiros, estão a ser cumpridos apenas os serviços mínimos. Os sindicatos que representam estes trabalhadores foram, entretanto, chamados para uma reunião com o Ministério da Saúde, que se deverá realizar no final de julho.

A+ / A-

A greve dos trabalhadores da Saúde desta sexta-feira está a ter uma grande adesão em todo o país e a afetar consultas, exames e cirurgias programadas

Elisabete Gonçalves, da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, refere que no turno da noite a adesão foi de 90%.

“Nós temos 90% de adesão dos trabalhadores no turno da noite e a nível nacional a maioria dos serviços trabalhou os serviços mínimos. E neste momento, relativamente ao turno que iniciou às 8h00, os dados que temos aqui do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central, é na ordem dos 100%, na área das consultas, das cirurgias programadas e também dos exames de diagnóstico e terapêutica”, diz a sindicalista.

Nestas declarações à porta do Hospital de São José, em Lisboa, a dirigente sindical revelou que o piquete de greve foi impedido de entrar no Amadora-Sintra.

“Já ontem à noite aconteceu isso no piquete da noite que foi no Amadora-Sintra. Não os deixaram entrar. Foram identificadas as camaratas que estavam a fazer o piquete pela polícia e hoje de manhã está exatamente a passar-se o mesmo. É uma situação completamente sem justificação nenhuma, sem palavras, porque na realidade estão a proibir os sindicatos de fazer o seu trabalho”, acusa.

A paralisação, convocada pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), foi motivada por reivindicações antigas que continuam sem resposta.

Desde logo, diz Elisabete Gonçalves, “concursos de promoção para o desenvolvimento das carreiras”.

“Há 14 anos que estes trabalhadores estão estagnados sem haver esses concursos de promoção, a questão dos aumentos salariais e da valorização salarial e urgentemente a necessidade de mais contratação de trabalhadores, porque é impossível os trabalhadores da saúde continuarem conforme estão a fazer horas suplementares atrás de horas suplementares que levam a um desgaste imenso”, esclarece.

Na greve de 24 horas, que não inclui médicos e enfermeiros, estão a ser cumpridos apenas os serviços mínimos. Os sindicatos que representam estes trabalhadores foram, entretanto, chamados para uma reunião com o Ministério da Saúde, que se deverá realizar no final de julho.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+