04 jul, 2022 - 21:42 • Lusa
O chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, almirante António Silva Ribeiro, foi hoje condecorado com a Ordem Nacional de Mérito, Cooperação e Desenvolvimento pelo Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló.
Segundo um decreto presidencial enviado à imprensa, a decisão do chefe de Estado visa assinalar o 30.º aniversário da cooperação técnico-militar entre as Forças Armadas guineenses e portuguesas e considerando o “notável empenho do almirante António Silva Ribeiro no reforço da cooperação” entre as duas instituições.
“Para mim foi uma surpresa. Fui convidado para uma audiência com o Presidente da República e falámos dos projetos da cooperação e daquilo que concretizámos desde a minha última estada aqui na Guiné-Bissau e a determinada altura o senhor Presidente surpreendeu-me com a concessão dessa medalha que muito me honra, mas que não é só minha”, afirmou à Lusa o almirante António Silva Ribeiro.
“O senhor Presidente ao distinguir-me também fez uma homenagem a todos aqueles que ao longo de 30 anos contribuíram também para a cooperação entre as Forças Armadas portuguesas e as Forças Armadas da Guiné-Bissau”, disse o almirante António Silva Ribeiro.
O CEMGFA iniciou sábado uma visita de trabalho à Guiné-Bissau, que termina terça-feira, durante a qual 20 toneladas de livros e material escolar a várias escolas e visitou dois centros de saúde, na Marinha e Força Aérea guineense, recuperados com o apoio de Portugal, e entregou uma ambulância às Forças Armadas guineenses.
Questionado sobre o balanço da visita, o almirante António Silva Ribeiro fez um “balanço muito bom”.
“Começamos dentro daquilo que são os objetivos da missão de treino na Guiné-Bissau que tinha como primeira prioridade a capacitação dos serviços de saúde e neste âmbito aquilo que já fizemos foi recuperar os serviços de saúde da Marinha, da Força Aérea, criámos também um núcleo de formadores nas Forças Armadas, formamos 60 militares com várias valências no âmbito da saúde”
O almirante destacou também que há mais objetivos que vão começar a ser concretizados em setembro, nomeadamente a formação de oficiais em Cumeré, cujas infraestruturas estão a ser recuperadas, ações de formação no domínio da vigilância marítima, no domínio polícia aérea e também na reparação na rede de comunicações militares da Guiné-Bissau.
“O balanço que faço é extremamente positivo porque em poucos meses fizemos ações com grande utilidade para as Forças Armadas da Guiné-Bissau no domínio da saúde, temos outras perspetivas mais no domínio operacional, mas cumprimos os objetivos de acordo com aquilo que estava previsto”, afirmou.