05 jul, 2022 - 10:55 • Lusa
O Governo disse estar "atento e preocupado" com a situação nos aeroportos, mantendo "contacto permanente" com a ANAC e a ANA, para solucionar os problemas sinalizados, segundo uma resposta à Deco, a que a Lusa teve acesso.
A missiva do Ministério das Infraestruturas e da Habitação foi enviada à Deco, após a associação de defesa do consumidor ter instado o Governo e a Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) a intervirem para acautelar os interesses dos passageiros afetados pelos cancelamentos de voos em Lisboa nos últimos dias, cujo direito à assistência "não está a ser aplicado".
"O Governo está atento e preocupado com a turbulência que tem afetado os aeroportos europeus, com efeitos também nos aeroportos portugueses", lê-se na resposta do ministério liderado por Pedro Nuno Santos.
O Executivo garantiu estar em "contacto permanente com a ANAC", para que sejam "tomadas as diligências necessárias para serem executadas todas as medidas legais, tendo em vista a melhoria das condições oferecidas aos passageiros em momentos críticos", lembrando que está a funcionar, desde junho, um grupo de contingência com o objetivo de identificar as medidas a serem tomadas tendo em vista a melhoria operacional, que se tem reunido regularmente.
No mesmo sentido, o Ministério das Infraestruturas disse estar também em contacto permanente com a ANA - Aeroportos de Portugal, "para sinalizar e encontrar soluções para os problemas identificados, nomeadamente no que concerne ao serviço prestado aos passageiros em espera".
Na origem destas situações estão falta de pessoal, greves e outros fatores externos agravantes, nomeadamente climáticos, relacionados com a Covid-19 ou com imprevistos.
O Governo lembrou ainda que o Plano de Contingência para o verão nos aeroportos nacionais arrancou na segunda-feira.
Em declarações à agência Lusa, o coordenador do departamento jurídico da Deco - Associação de Defesa do Consumidor afirmou que "isto não é uma situação nova, uma vez que disrupções e problemas no aeroporto [de Lisboa], infelizmente, têm sido cada vez mais constantes".
A Deco reclama "intervenção célere" para garantir (...)