Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

"Poderá ser o pior ano de sempre em matéria de incêndios", alerta especialista

08 jul, 2022 - 18:30 • Núria Melo

Em declarações à Renascença, o professor da Faculdade de Lisboa e especialista em incêndios, Carlos da Câmara, explica que todos os fatores estão a favor de um verão com muitos fogos florestais.

A+ / A-

"Este poderá ser o pior ano de sempre em matéria de incêndios", devido à combinação de fatores como a seca, níveis baixos de humidade e temperaturas altas. O alerta foi deixado na Renascença por Carlos da Câmara, professor da Universidade de Lisboa.

O especialista admite que o cenário deste ano é preocupante, já que "desde 1980 este é o pior ano de todos". Carlos da Câmara explica que os registos mostram que no "interior de Portugal, e em particular no Nordeste, estamos numa situação grave, a pior de sempre".

O especialista lembra os incêndios de 2017 e explica que Portugal em matéria de prevenção tem vindo a fazer melhorias. Ainda assim, salienta a dificuldade de ações de prevenção, nomeadamente de limpeza de terrenos.

"Em Portugal essa missão é dificultada, ao contrário de Espanha ou França, em que maior parte das zonas florestais são propriedades do Estado", explica.

Em Portugal essas zonas pertencem a privados e "sobretudo são parcelas pequenas o que dificulta a limpeza total de uma determinada área".

Na próxima semana as temperaturas vão aumentar e Carlos da Câmara lembra que este risco elevado de incêndio "não tem apenas a ver com a subida dos termómetros".

O especialista fala no fator 'humidade' que tem estado em níveis muito baixos, ventos fortes e a seca extrema que o país atravessa.

As temperaturas elevadas podem agravar a situação de fogos florestais nos próximos dias, mas o especialista alerta que não será o único fator de impacto. Queimadas e a utilização de máquinas agrícolas podem estar na origem de incêndios de maiores dimensões.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+