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Proteção civil mantém "atenção máxima" ao fogo de Ourém

10 jul, 2022 - 20:13 • Lusa

O incêndio de Ourém, distrito de Santarém, que deflagrou na quinta-feira na localidade de Cumeada, afeta os municípios de Ourém, Ferreira do Zêzere e Alvaiázere, mobilizando 682 operacionais, apoiados por 220 veículos e dois meios aéreos, segundo dados disponíveis no "site" da ANEPC cerca das 20:50.

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A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil está este domingo a dar "atenção máxima" ao incêndio que deflagrou na quinta-feira em Ourém, distrito de Santarém, num dia em que se registaram 107 fogos, menos do que no sábado.
"É um incêndio que ainda não está estabilizado. Boa parte do perímetro do incêndio encontra-se já numa fase de rescaldo e consolidação. Contudo, [...] quando existem reativações, elas de facto são explosivas e são muito difíceis de combater logo na primeira hora, mantemos então o dispositivo operacional e mantemos, de facto, a atenção máxima para este incêndio", disse o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes, no "briefing" da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) às 19:00.
O oficial acrescentou que as autoridades se mantêm também atentas a três outros incêndios: o de Carrazeda de Ansiães, no distrito de Bragança, o de Vale da Pia, em Pombal (Leiria), e um outro que deflagrou hoje às 15:15, em Ribeira de Pena, no distrito de Vila Real.
O incêndio de Ourém, distrito de Santarém, que deflagrou na quinta-feira na localidade de Cumeada, afeta os municípios de Ourém, Ferreira do Zêzere e Alvaiázere, mobilizando 682 operacionais, apoiados por 220 veículos e dois meios aéreos, segundo dados disponíveis no "site" da ANEPC cerca das 20:50.
O incêndio de Pombal, distrito de Leiria, que começou na sexta-feira em Vale da Pia, e afeta os municípios de Pombal, Ansião e Alvaiázere, cria "alguma preocupação" à Proteção Civil, disse André Fernandes.
"É um incêndio que também não está estabilizado, pode abrir em direção a Capela, Carvoeiro, Quebrada e também Ferreira do Zêzere e acaba por ser um incêndio que ainda está distante do incêndio de Ourém cerca de cinco quilómetros e é o objetivo primário também conseguir consolidar o incêndio nas próximas horas", afirmou.
Segundo a página eletrónica da ANEPC, este fogo mobilizava, cerca das 20:50, 431 bombeiros, apoiados por 137 veículos.
Sobre o incêndio de Carrazeda de Ansiães, que deflagrou na quinta-feira, o comandante lembrou que já foi dominado e está estabilizado, mas dadas as condições meteorológicas e o risco de reacendimentos, as autoridades irão manter o dispositivo "atento e operativo para fazer face a qualquer reativação que ocorra".
Segundo o "site" prociv.pt, pelas 20:50 estavam no terreno 183 bombeiros, com 60 viaturas.
Finalmente, o responsável referiu que um novo incêndio deflagrou hoje à tarde em Ribeira de Pena, no distrito de Vila Real.
Mobilizando 166 bombeiros e 43 viaturas, também cerca das 20:50, este incêndio não ameaça por enquanto "pontos sensíveis que possam criar preocupação", mas o comando nacional mantém-se atento.
No sábado, o ministro da Administração Interna anunciou que o Governo decidiu declarar a situação de contingência entre segunda e sexta-feira, permitindo que a Proteção Civil mobilize "todos os meios de que o país dispõe" para combater os incêndios num período em que se preveem temperaturas superiores a 45° em alguns pontos do país.
José Luís Carneiro explicou que a decisão se deve à previsão de agravamento das condições meteorológicas associadas a um elevado risco de incêndio, com a conjugação de fatores como a seca que se vive no país, níveis de humidade muito baixos, a previsão de ventos de várias orientações e noites muito quentes, o que não dá garantia de que haja reposição de humidade para níveis de segurança.
Até à meia-noite, o território de Portugal continental está em situação de alerta, decretada na sexta-feira, o nível mais baixo de resposta a situações de catástrofes prevista na Lei de Base da Proteção Civil.
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