11 jul, 2022 - 09:33 • Isabel Pacheco
Os autarcas do Alto Minho reúnem-se, esta segunda-feira, para analisar o impacto da seca na região.
Para além do “levantamento das necessidades”, o encontro vai servir, como adianta o presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho, Manoel Batista para “apontar soluções” para o território.
O objetivo é “percebermos que intervenções são necessárias do ponto de vista do abastecimento de água” e debater, também, a questão da “prevenção e a articulação no combate aos incêndios florestas”, adianta Manoel Batista, realçando que "é este pensamento transversal a todo o território que queremos fazer com o diagnóstico e, sobretudo, com o apontar de algumas soluções”.
“Temos de trabalhar a questão do abastecimento de água às populações, dada a pressão turística que é cada vez maior sob os nossos territórios, e ao setor agrícola”, destaca.
O baixo nível da água na barragem do Alto Lindoso, nos concelho de Ponte da Barca e Arcos de Valdevez é, para já, a “preocupação maior”, reconhece o, também, autarca de Melgaço.
A principal preocupação é "o facto de o maior lençol de água da região que é a barragem do Alto Lindoso estar numa situação de cota muito, muito baixa. Esta é a maior preocupação que temos no território", sublinha.
“O inverno não foi suficientemente chuvoso para que ela [a barragem] enchesse e, como houve a necessidade de usar a água armazenada para a produção energética, temos este cenário delicado que nos afeta nos territórios de Arcos de Valdevez e de Ponte da Barca, mas, também, os nossos vizinhos espanhóis”, conta.
Integram a CIM do Alto Minho os concelhos de Arcos de Valdevez, Caminha, Paredes de Coura, Ponte de Lima, Valença, Viana do Castelo, Vila Nova de Cerveira, Ponte da Barca, Monção e Melgaço.
Portugal vive uma situação de seca severa ou extrema. Em maio, cerca de 97,1 % do território encontrava-se em seca severa e 1,4 % em seca extrema. A situação foi já reconhecida oficialmente pelo Governo, em junho, com a publicação em Diário da República de um despacho da ministra da Agricultura e Alimentação, Maria do Céu Antunes.
O cenário é preocupante. O país atravessa uma vaga(...)