12 jul, 2022 - 07:32 • Redação com Lusa
Até às 12h00, dos 555 comboios programados apenas foram efetuados 176: oito de longo curso, 43 regionais, 86 urbanos de Lisboa e 39 no Porto. Segundo fonte da CP, só estão a ser cumpridos os serviços mínimos desde a meia-noite devido à greve dos controladores ferroviários.
A reportagem da Renascença constatou na Estação do Oriente, no Parque das Nações em Lisboa, um forte impacto da greve dos trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP). O protesto de 24 horas foi marcado para esta terça e quinta-feira.
A CP - Comboios de Portugal alertou para "fortes perturbações na circulação de comboios em todos os serviços" e em todo o país.
Em comunicado, a operadora referiu que "por motivo de greve convocada por uma organização sindical da IP-Infraestruturas de Portugal, preveem-se fortes perturbações na circulação de comboios em todos os serviços, a nível nacional, nos dias 12 e 14 de julho de 2022".
De acordo com a CP, "para ambos os dias, está prevista a realização de serviços mínimos, cuja lista se encontra disponível em cp.pt, podendo ser realizados comboios adicionais".
E quem comprou bilhete? Aos clientes que já tenham adquirido bilhete para viajar em comboios dos serviços Alfa Pendular, Intercidades, Interregional e Regional, será permitido o reembolso, no valor total do bilhete adquirido, ou a sua revalidação gratuita, para outro comboio da mesma categoria e na mesma classe.
A Fertagus alertou também na sua página eletrónica que, "face à greve anunciada na IP - Infraestruturas de Portugal entre as 00h00 e as 24h00, nos dias 12 e 14 de julho de 2022, encontram-se previstas fortes perturbações na circulação de comboios da Fertagus".
Quem está em greve? Em declarações à agência Lusa, o presidente da Aprofer explicou que a greve abrange os perto de 300 trabalhadores do Comando e Controlo Ferroviário da IP, que regulam a pontualidade e a segurança de 100% das circulações ferroviárias e que estão concentrados nas estações de Braço de Prata, Contumil e Setúbal, ou seja, nos centros de comando operacionais (CCO) de Lisboa, do Porto e de Setúbal.
Conforme explicou Adriano Filipe, em greve estarão os supervisores de comando ferroviário e de permanência geral de infraestruturas ferroviárias, sendo que os efeitos da paralisação deverão fazer-se sentir já "a partir da parte noturna de hoje" e, também, na quarta-feira, "dia intermédio" entre as duas jornadas de greve.
Qual a razão? presidente da Aprofer explicou que na base da greve está a reivindicação de um sistema de formação profissional próprio para os centros de comando operacionais, de um sistema de avaliação e desempenho específico para estas funções e de uma atualização nas remunerações.
"E, se as coisas não se resolverem, vamos continuar com greves até que se resolvam", avisou o presidente da Aprofer.
As altas temperaturas levaram a falhas no sistema (...)