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Incêndio em Leiria corta circulação na A1. Há casas na linha de fogo em Ourém

12 jul, 2022 - 14:51 • Redação com Lusa

Mais de 800 bombeiros estão mobilizados no combate aos dois incêndios, numa altura em que Portugal continental se encontra em situação de contingência.

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O incêndio que lavra esta terça-feira em Caranguejeira, no distrito de Leiria, levou ao corte de trânsito na A1 nos dois sentidos.

Fonte oficial da GNR adiantou à Renascença que a circulação está interrompida entre o nó de Pombal e o nó de Leiria, entre os quilómetros 129 e 153, onde a visibilidade está muito reduzida por causa do fumo.

Pelas 16h00, o IC2 também já estava cortado, na mesma zona.

Em declarações à Renascença, o presidente da Câmara de Leiria, Gonçalo Lopes, pede a quem circule no IC2 que inverta a margem antes de chegar a Pombal.

A alternativa para os automobilistas é seguir pela A 17, segundo fonte da GNR.

Pelas 15h00, estavam mobilizados no combate às chamas pelo menos 220 bombeiros apoiados por 5 meios aéreos, de acordo com a Proteção Civil.

À mesma hora, centenas de operacionais continuavam a combater um incêndio em Ourém que deflagrou na quinta-feira e que chegou a ser dado como dominado na segunda-feira, antes de reacender esta manhã.

Segundo fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Santarém, um novo foco de incêndio que deflagrou na freguesia de Espite, também em Ourém, pelas 12 horas estava a concentrar outro grande esforço, havendo "habitações na linha de fogo".

Às 13:55, o CDOS de Santarém informou que os meios no terreno estavam a ser reforçados, com o comandante dos Bombeiros Voluntários de Ourém a confirmar que a situação “é muito complicada”.

Pelas 15h, a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil revelava que no terreno estavam mais de 230 operacionais, apoiados por 65 veículos e 5 meios aéreos na frente de Espite. A essa hora, na frente de Cumeada, estavam mobilizados 378 bombeiros apoiados por 111 veículos e três meios aéreos.

Na segunda-feira, foi detido um suspeito de atear duas frentes deste incêndio, um dos que representou maiores desafios para as autoridades durante o fim de semana.

Portugal esteve entre dia 08 e domingo em situação de alerta devido ao risco de incêndio rural, tendo passado para situação de contingência na segunda-feira, uma situação que se vai manter até às 23:59 horas de sexta-feira, mas que poderá ser prolongada caso seja necessário.

A declaração da situação de contingência foi decidida devido às previsões meteorológicas para os próximos dias, que apontam para o agravamento do risco de incêndio, com temperaturas que podem ultrapassar os 45º em algumas partes do país, segundo disse, no sábado, o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro.

A situação de contingência, que corresponde ao segundo nível de resposta previsto na Lei de Bases da Proteção Civil, é declarado quando, face à ocorrência ou iminência de acidente grave ou catástrofe, é reconhecida a necessidade de adotar medidas preventivas e ou medidas especiais de reação não mobilizáveis no âmbito municipal.

Devido à situação de risco, Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e a Comissão europeia mobilizou, no domingo, dois aviões espanhóis para combater os incêndios no território português.

Os distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Vila Real, Bragança, Guarda, Castelo Branco e Portalegre estão desde as 09:00 de hoje sob aviso vermelho, o mais grave, devido ao tempo quente, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

O aviso vermelho, emitido pelo IPMA, devido à persistência de valores extremamente elevados da temperatura máxima, vai estar em vigor até às 18:00 de quarta-feira, passando depois a laranja.

De acordo com o IPMA, o aviso vermelho corresponde a “uma situação meteorológica de risco extremo”.

Face às previsões, quase todo o território de Portugal continental apresenta hoje um perigo máximo e muito elevado de incêndio rural.

[atualizado às 17h38]

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