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Centros de Saúde. Médicos de família protestam sábado contra a integração de não especialistas

13 jul, 2022 - 08:06 • Lusa

Associação de Medicina Geral e Familiar classifica-os como "falsos médicos de família".

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Os médicos de Medicina Geral e Familiar vão manifestar-se no sábado em frente ao Ministério da Saúde contra a integração de médicos sem esta especialidade nos centros de saúde e com responsabilidade na lista de utentes.

Em comunicado a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), que organiza o protesto, considera que esta possibilidade "ameaça a qualidade dos cuidados de saúde prestados à população".

A possibilidade de integrar o que a APMGF classifica como "falsos médicos de família" nos centros de saúde, com responsabilidade na lista de utentes, foi contemplada pelo Governo no Orçamento de Estado para 2022.

"Esta é uma jornada de contestação cujo intuito fundamental é o censurar a tutela por uma estratégia que apenas defrauda as expectativas de muitos portugueses, oferecendo-lhes apoio clínico de alguém que não é um verdadeiro médico de família", lembra a associação.

O protesto terá a participação de especialistas e internos de Medicina Geral e Familiar (MGF), mas também de médicos de outras especialidades, de outros profissionais de saúde e representantes de associações de doentes.

Com este protesto, a associação diz pretender "defender a igualdade, integridade e qualidade dos cuidados de saúde prestados no Serviço Nacional de Saúde".

O presidente Nuno Jacinto, citado no comunicado, considera que a decisão do executivo de permitir que médicos indiferenciados assumam a gestão de listas de utentes nos centros de saúde é "um retrocesso gigantesco e inaceitável". O dirigente sublinha igualmente que este passo dado pelo Governo, se levado à prática até ao seu limite extremo no futuro, com a contratação massiva de médicos indiferenciados para os centros de saúde, significa "acabar com o papel dos médicos de família e dizer que qualquer um, sem formação específica nesta área, pode exercer estas funções".

No início do mês, o Fórum de Medicina Geral e Familiar rejeitou a contratação de clínicos sem especialidade para colmatar a falta de médicos de família, alegando que a solução passa por reter os cerca de 500 especialistas formados anualmente.

Recentemente, a ministra da Saúde, Marta Temido, reconheceu que existem cerca de 1,3 milhões utentes sem médico de família em Portugal e avançou com a "hipótese de contar" com clínicos que, não podendo assumir funções de médico de família, possam responder a necessidades de resposta a doença aguda.

Comentários
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  • maria leitao
    14 jul, 2022 santarem 11:38
    O que se passa na realidade que ha uma hipocrisia nesta lenga lenga, porque muitos não tem especialidade reconhecida pela ordem dos medicos e são considerados "não especialistas"... ou seja os estrangeiros , logico, quem sabe mais eu tenho posgraduaçoese master e especialidade de gerontologia, geriatria, oncologia ambulatorial, cuidados paliativos , medicina interna na belgica, medicina urgencia na suisse ou um recem formado de medicina geral???? Eu sou clinigeral especialistanairlanda com mais 200 pontos de atualizaçao em cursos ou um recem formado portugues de medicina geral, sem experiencia? não me venham com rancismos e mentiras.. sejam honestos, vao la badalhocar na praça enquanto eu estarei trabalhando e ajudando povo portugues. ponto final .

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