13 jul, 2022 - 17:19 • Ricardo Vieira, com Lusa
Aumentou de cinco para dez o número de feridos no incêndio que lavra em Palmela, no distrito de Setúbal, disse à Renascença fonte do CDOS.
Entre os feridos estão cinco bombeiros, dois deles em estado grave.
A mesma fonte disse ainda que há uma habitação danificada em Vale de Barris, numa das encostas do castelo de Palmela, mas não soube adiantar se outras habitações foram atingidas ou se há mais casas em risco.
"A cabeça do incêndio está dominada, mas há dois flancos ativos que não estão dominados: um em direção a Aires e outro em direção à Quinta do Anjo", disse a mesma fonte.
Em declarações aos jornalistas, ao final da tarde, o vice-presidente, Luis Reisinho, dizia que “há habitações danificadas e em risco”, sem avançar números.
O autarca confirmava que há pelo menos dois bombeiros feridos, que tiveram que ser assistidos por inalação de fumo.
Por precaução, foi evacuado um centro social com crianças e idosos foi evacuado.
O vice-presidente da Câmara de Palmela reconhece que a situação é "preocupante", mas acredita que “o momento mais difícil já terá passado”.
O incêndio propagou-se desde a encosta do Castelo de Palmela até à vila. Depois evoluiu para a Quinta do Anjo e abriu outra frente em Aires, explica.
De acordo com a página de Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, o alerta para este incêndio foi dado às 12:04 e às 17:10 estavam no terreno 342 operacionais, apoiados por 88 veículos e quatro meios aéreos.
Além de várias corporações de bombeiros do distrito de Setúbal, estão também no local diversas viaturas do distrito de Lisboa.
Portugal continental está em situação de contingência até às 23h59 de sexta-feira devido às previsões meteorológicas, que apontam para o agravamento do risco de incêndio, com temperaturas que podem ultrapassar os 45º em algumas partes do país.
A situação de contingência corresponde ao segundo nível de resposta previsto na lei da Proteção Civil e é declarada quando, face à ocorrência ou iminência de acidente grave ou catástrofe, é reconhecida a necessidade de adotar medidas preventivas e ou especiais de reação não mobilizáveis no âmbito municipal.
A maioria dos distritos de Portugal continental estão sob aviso vermelho, o mais grave, devido ao tempo quente, com mais de uma centena de concelhos em perigo máximo de incêndio rural, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.
[notícia atualizada às 20h33]