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Greve levou à supressão de 492 comboios até às 14h00

14 jul, 2022 - 15:54 • Lusa

Paralisação dos trabalhadores da Infraestruturas de Portugal está a causar muitos problemas na circulação de comboios.

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A CP - Comboios de Portugal suprimiu 492 das 691 ligações programadas entre as 00:00 e as 14:00 de hoje, devido à greve dos trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP), disse à agência Lusa fonte oficial da empresa.

De acordo com o balanço feito pela CP à Lusa, entre as 00h00 e as 14h00 estavam programados 691 comboios e foram efetuados 199, dos quais nove de longo curso, 47 regionais, 99 urbanos de Lisboa e 44 urbanos do Porto.

Este é o segundo dia de greve, não consecutivo, dos trabalhadores da Infraestruturas de Portugal, depois de na terça-feira a paralisação ter levado a CP - Comboios de Portugal a suprimir 903 das 1.274 ligações programadas entre as 00:00 e as 22:00.

A CP já tinha informado que previa "fortes perturbações na circulação de comboios, a nível nacional, em todos os serviços" durante os dois dias da greve. Aviso idêntico tinha igualmente sido feito pela Fertagus.

Por seu lado, a IP - Infraestruturas de Portugal, empresa gestora da rede ferroviária, informou na sua página da internet que durante a greve garantiria "a abertura de 30% do seu canal ferroviário para o serviço Urbanos -- Lisboa e Porto, e 25% para as restantes circulações, nos termos dos serviços mínimos acordados" com a Aprofer -- Associação Sindical dos Profissionais do Comando e Controlo Ferroviário.

A greve abrange os perto de 300 trabalhadores do Comando e Controlo Ferroviário da IP, que regulam a pontualidade e a segurança de 100% das circulações ferroviárias e que estão concentrados nas estações de Braço de Prata, Contumil e Setúbal, ou seja, nos centros de comando operacionais (CCO) de Lisboa, do Porto e de Setúbal.

Conforme explicou anteriormente o presidente da Aprofer, Adriano Filipe, em greve estarão os supervisores e os operadores de comando ferroviário e de permanência geral de infraestruturas ferroviárias.

À Lusa, o responsável adiantou que na base da greve está a reivindicação de um sistema de formação profissional próprio para os centros de comando operacionais, de um sistema de avaliação e desempenho específico para estas funções e de uma atualização nas remunerações.

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