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Incêndio que deflagrou em Faro e se estendeu a Loulé entra em fase de resolução

14 jul, 2022 - 12:29 • Lusa

Proteção Civil vai manter dois helicópteros, um ligeiro e outro pesado, na zona, para a necessidade de apagar qualquer reacendimento ao longo do dia.

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O incêndio que deflagrou na terça-feira à noite em Gambelas, no concelho de Faro, e que depois se estendeu a Loulé, entrou em fase de resolução às 09:19 desta quinta-feira, disse à Lusa fonte da Proteção Civil.

Segundo fonte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, às 10:20 permaneciam no local 349 operacionais, auxiliados por 121 meios terrestres e um meio aéreo.

Num ponto de situação feito a meio da manhã, o comandante operacional distrital da Proteção Civil de Faro, Richard Marques, assegurou que o incêndio estava “dominado” e que o “perímetro total [de 27 quilómetros de extensão] está totalmente estabilizado”.

O incêndio deflagrou às 23:30 de terça-feira perto do polo das Gambelas da Universidade do Algarve (freguesia de Montenegro) e do recinto onde decorre, a partir de hoje, a Concentração Internacional de Motos de Faro, tendo o fogo passado durante a noite para o concelho de Loulé.

“Todo o dispositivo no terreno está direcionado para o que é a reação rápida a qualquer reativação que sabemos que vamos ter, depois de termos tido várias durante a noite”, realçou Richard Marques.

Os meios da proteção Civil vão manter dois helicópteros, um ligeiro e outro pesado, na zona, para apoiarem rapidamente a necessidade de apagar qualquer reacendimento ao longo do dia.

Entretanto, esta manhã, os bombeiros estavam ainda a apagar um fogo que, entretanto, se desenvolveu numa lixeira perto da Estrada Nacional 125 entre Faro e Loulé.

Durante o dia de quarta-feira, na fase mais crítica do combate ao fogo, foram deslocadas cerca de 150 pessoas que estavam em locais suscetíveis de serem atingidos pelas chamas.

Apenas 12 pessoas, “mais vulneráveis”, receberam assistência e apoio dos serviços municipais de Loulé, tendo sido “temporariamente acolhidas” numa zona de concentração e apoio à população em Salir.

De acordo com Richard Marques, trata-se de pessoas que vivem em habitações “sem grandes condições” que, nalguns casos ficaram sem energia elétrica.

“Temos notícias que algumas casas podem ter ficado afetadas”, disse o comandante regional da Proteção Civil, acrescentando que a GNR e os serviços da Câmara de Loulé estão a fazer esse levantamento, não havendo nenhuma situação de “realojamento”.

O Governo decidiu hoje prolongar até domingo a situação de contingência em Portugal Continental devido às previsões meteorológicas, com temperaturas que podem ultrapassar os 45º em algumas partes do país, e ao risco de incêndio.

A situação de contingência corresponde ao segundo nível de resposta previsto na lei da Proteção Civil e é declarada quando, face à ocorrência ou iminência de acidente grave ou catástrofe, é reconhecida a necessidade de adotar medidas preventivas e ou especiais de reação não mobilizáveis no âmbito municipal.

Oito distritos de Portugal continental mantêm-se sob aviso vermelho, o mais grave, devido ao tempo quente, com mais de uma centena de concelhos em perigo máximo de incêndio rural, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.

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