15 jul, 2022 - 11:13 • Lusa
A Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI) e a GNR juntaram-se numa nova campanha para a prevenção do afogamento de crianças e jovens, um fenómeno que já provocou 274 mortes nos últimos 20 anos.
Em comunicado, as duas entidades dão conta de que se juntaram para apresentar a campanha "A morte por afogamento é silenciosa e rápida", salientando que apesar de este ser um acidente que pode acontecer em qualquer altura do ano, é sobretudo nos meses de verão que as famílias aproveitam os locais com água por perto, como seja praias, rios, barragens, piscinas ou tanques, para momentos de lazer.
"Com esta parceria, a APSI e a GNR propõem-se garantir uma mensagem mais próxima e uma prevenção mais incisiva, com o objetivo de promover a segurança infantil, reforçando os conselhos e os alertas para evitar este tipo de acidentes", lê-se no comunicado.
As duas entidades salientam que desta forma conseguem aliar o conhecimento técnico e a experiência da APSI com o alcance territorial da GNR e a proximidade às populações que esta força policial tem a nível nacional, com vista a melhor prevenir situações de afogamento em crianças e jovens.
De acordo com a APSI, o afogamento é a segunda causa de morte acidental entre crianças e jovens e revela que nos últimos 20 anos morreram 274 menores, além de outros 671 que foram internados na sequência de um afogamento, "o que significa que, por cada criança que morre, aproximadamente duas são internadas".
No mais recente relatório da associação é referido que o número médio de mortes por afogamento diminuiu nas últimas duas décadas, mas que apesar disso o número em 2020 "foi excecionalmente alto", tendo-se situado nos 14 óbitos.
Nesse ano morreram sete crianças até aos quatro anos, cinco jovens entre os 15 e os 19 anos e dois adolescentes entre os 10 e os 14 anos.
"Se considerarmos os últimos nove anos, o maior número de mortes por afogamento ocorre na faixa etária dos 15 aos 19 anos e o maior número de internamentos na faixa etária dos zero aos quatro anos", refere o relatório.
De acordo com a informação divulgada, até 15 de setembro, a GNR vai intensificar ações de sensibilização da população, para reforçar a consciencialização da sociedade para a problemática do afogamento de crianças e jovens, em piscinas e em ambientes naturais, em toda a sua área de competência no território nacional.
"O conhecimento do terreno e a sinalização dos locais mais perigosos na sua área de responsabilidade permitem à Guarda fazer chegar a mensagem a um maior número de pessoas, assumindo-se como uma ferramenta de prevenção de enorme eficácia", lê-se no comunicado.