15 jul, 2022 - 23:35 • Lusa
Mais de 800 operacionais combatiam nove fogos ativos em Portugal continental pelas 23h00 desta sexta-feira, num dia marcado pela morte de um piloto que pilotava um avião anfíbio de combate a incêndios que se despenhou em Foz Côa.
Os incêndios que, neste momento, estão a mobilizar mais meios de combate são os de Bragança, Ponte da Barca (Viana do Castelo), Chaves (Vila Real) e os dois que ocorrem em Baião (Porto).
De acordo com a informação disponível no "site" da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), às 23h00, estavam no terreno a combater os incêndios em curso 807 operacionais, apoiados por 273 viaturas.
Na quinta-feira, à mesma hora, existiam 27 incêndios ativos, onde estiveram envolvidos 2.475 operacionais, apoiados por 743 viaturas.
Hoje, a região Norte está a ser a mais fustigada pelos incêndios e o fogo que lavra desde manhã em Espanha, junto à fronteira com Bragança, já obrigou a retirar 14 pessoas da aldeia da Petisqueira.
No lado português, pelas 23h00, encontravam-se 136 operacionais, com o apoio de 54 viaturas.
No distrito de Vila Real há também ainda um fogo ativo, que deflagrou na localidade de Bustelo, no concelho de Chaves, estão a combater as chamas 127 operacionais, apoiados por 36 veículos.
No concelho de Baião, no distrito do Porto, dois incêndios estão a ser combatidos por mais de 300 operacionais.
O fogo que deflagrou às 6h28 de quinta-feira, na localidade de Teixeira, está a mobilizar 167 bombeiros, apoiados por 61 viaturas.
O incêndio que deflagrou, também na quinta-feira, cerca das 15h30, na localidade de Lordelo, tem envolvidos no combate às chamas um dispositivo com 139 operacionais, 38 veículos.
Em Ponte da Barca, encontravam-se 217 operacionais, apoiados 74 veículos, a combater o incêndio que lavra há dias no Lindoso, que segundo presidente da Câmara Municipal de Ponte da Barca, Augusto Marinho, está “controlado”.
Além destes fogos, pelas 23h00 existiam mais três fogos ativos em Portugal continental.
Hoje, um piloto de um avião anfíbio de combate a incêndios morreu após a queda da aeronave que pilotava, numa vinha da Quinta do Crasto, em Castelo Melhor, concelho de Foz Coa, distrito da Guarda.
“O óbito foi decretado no local pela equipa médica do helicóptero do Instituto Nacional de Emergência Médica. O corpo do piloto ficou carbonizado e o avião anfíbio completamente destruído", disse à Lusa o presidente da Câmara de Foz Coa, João Paulo Sousa.
Portugal Continental está em situação de contingência até domingo devido às previsões meteorológicas, com temperaturas muito elevadas em algumas partes do país, e ao risco de incêndio.
A situação de contingência corresponde ao segundo nível de resposta previsto na lei da Proteção Civil e é declarada quando, face à ocorrência ou iminência de acidente grave ou catástrofe, é reconhecida a necessidade de adotar medidas preventivas e ou especiais de reação não mobilizáveis no âmbito municipal.
Cinco distritos de Portugal continental mantêm-se sob aviso vermelho, o mais grave, devido ao tempo quente, com mais de uma centena de concelhos em perigo máximo de incêndio rural, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.