20 jul, 2022 - 07:53 • Olímpia Mairos
O combate às chamas em Murça evolui favoravelmente. Apesar de ainda estar em curso, o incêndio já só tem uma frente ativa.
“Temos uma frente ativa de cerca de 500 a 600 metros na área do posto de Comando Operacional de Murça. Essa frente está a ser combatida com recurso a material sapador, maioritariamente com pessoal apeado”, indica à Renascença Armando Silva, 2º Comandante Regional do Norte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
Segundo o responsável, espera-se apoio na próxima hora de um meio aéreo para conseguir também travar a frente ainda ativa.
“Vamos ter apoio de meio aéreo agora na abertura de centros de meios aéreos. Vamos ter um helicóptero ali a apoiar e esperamos que corra favoravelmente”, explica.
O incêndio de Murça, que deflagrou no domingo em Cortinhas é o que mais meios mobiliza, com 800 operacionais, com o apoio de 265 meios terrestres.
Este fogo já obrigou à retirada, por precaução, de centenas de pessoas das suas habitações e de cerca de 40 utentes de um lar de idosos.
Na segunda-feira, um casal de idosos foi encontrado morto, dentro de um carro carbonizado, numa área ardida, uma situação que aconteceu na única estrada de acesso à aldeia de Penabeice, concelho de Murça, e que está a ser investigada pela GNR.
No entender de Domingos Xavier Viegas, especialista em incêndios da Universidade de Coimbra, que esteve no local do incêndio pode ter havido um atraso na retirada das pessoas da linha de fogo.
De acordo com o presidente da Câmara de Murça, Mário Artur Lopes, as chamas já consumiram entre 10.000 a 12.000 hectares nos concelhos de Murça, Vila Pouca de Aguiar e Valpaços.
Em Chaves, entrou em fase de resolução o incêndio que deflagrou na passada sexta-feira na freguesia de Bustelo.
O fogo foi dado como dominado pela proteção civil que mantém no terreno 150 operacionais.
Segundo o presidente da autarquia, Nuno Vaz, o incêndio passou para Espanha e regressou novamente em território português.
Os incêndios que lavram nos concelhos de Murça e Chaves são os que mobilizavam mais meios, com mais de 900 operacionais no terreno, apoiados por mais de 314 meios terrestres.
Portugal continental vai permanecer em situação de alerta até quinta-feira, devido ao risco de incêndio.
[notícia atualizada às 9h45]