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Incêndio em Murça. 76 militares destacados para rescaldo e vigilância

22 jul, 2022 - 12:34 • Lusa

Pelas 12h desta sexta-feira, permaneciam no terreno em Murça cerca de 400 operacionais e 120 viaturas.

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As Forças Armadas empenharam 76 militares em operações de rescaldo e vigilância ativa pós-incêndio em Murça, no distrito de Vila Real, que reforçaram os meios já em operação neste concelho, foi anunciado esta sexta-feira.

Para Murça, onde um incêndio que deflagrou no domingo, em Cortinhas, e se estendeu a Vila Pouca de Aguiar e Valpaços, as Forças Armadas mobilizaram quatro pelotões de rescaldo e vigilância, designadamente três do Exército e um da Marinha, em apoio à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

Estes 76 militares, segundo um comunicado do Estado-Maior-General das Forças Armadas, juntam-se, em Murça e no âmbito do plano HEFESTO II, aos meios já colocados no local, designadamente quatro destacamentos de engenharia, com quatro máquinas de rasto, para ajuda na abertura de caminhos que facilitem o acesso dos operacionais que combatem os incêndios, e dois módulos de alimentação de campanha, com capacidade para fornecer alimentação a 400 pessoas.

As Forças Armadas mantêm empenhados, em apoio à ANEPC, dois helicópteros de reconhecimento, avaliação e coordenação.

E, acrescenta o comunicado, em apoio à GNR, no âmbito do plano REVELLES, em missões de vigilância e deteção, têm 26 patrulhas terrestres (seis da Marinha e 20 do Exército), assim como três sistemas aéreos não tripulados e uma aeronave “P-3C CUP +”, da Força Aérea.

Já ao abrigo do protocolo FAUNOS, celebrado com o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), estão 22 patrulhas da Marinha e do Exército, num total de 44 militares, na vigilância das áreas mais sensíveis das florestas e na sensibilização da população.

O Estado-Maior-General das Forças Armadas disse ainda que o dispositivo das Forças Armadas em apoio à vigilância e deteção de incêndios rurais “pode ser alterado consoante o evoluir da situação e de acordo com os pedidos das entidades coordenadoras”.

O incêndio em Murça foi dado como controlado na madrugada de quinta-feira, registou reativações durante a tarde desse dia e, ao início da noite, todo o perímetro encontrava-se em consolidação de rescaldo e vigilância.

Pelas 12:00 de hoje, permaneciam neste teatro de operações, de acordo com o ‘site’ da ANEPC, cerca de 400 operacionais e 120 viaturas.

Numa primeira estimativa, o presidente da Câmara de Murça, Mário Artur Lopes, referiu que a “área ardida ultrapassa os 10.000 hectares nos três concelhos”: Murça, Vila Pouca de Aguiar e Valpaços. Destes 10.000 hectares, “50% a 60%” dizem respeito ao município de Murça.

“Mais de metade do concelho de Murça foi atingido por este incêndio, que teve uma evolução muito rápida, empurrado pelo vento”, afirmou o autarca.

O município de Murça decretou três dias de luto municipal, entre quinta-feira e sábado, para que, de acordo com Mário Artur Lopes, se possa homenagear “quem, numa circunstância completamente terrível, acabou por perder a sua vida”.

Foi a sair da aldeia que um casal, com 69 e 72 anos, morreu, depois do carro onde seguia ter caído numa ravina.

Foram encontrados já mortos numa área queimada pelo incêndio e as causas do acidente estão a ser investigadas pela GNR.

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