23 jul, 2022 - 10:33 • Lusa
Mais de 400 mil pessoas acima dos 80 anos, nomeadamente os idosos residentes em lares, receberam a segunda dose de reforço contra a covid-19, indica a Direção-Geral da Saúde (DGS).
A DGS explica que o processo de administração da segunda dose de reforço (quarta dose), que se iniciou em 16 de maio, abrange pessoas com 80 ou mais anos e todos os residentes em Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas (ERPI).
Segundo a DGS, as pessoas com 80 ou mais anos têm estado a ser convocados por agendamento local, através de mensagem (SMS) ou chamada telefónica, e por agendamento central, como já aconteceu noutras fases da vacinação contra a covid-19, e estão a ser vacinados nos centros de vacinação ou nos centros de saúde, podendo também dirigir-se à “Modalidade Casa Aberta”.
A Direção-Geral da Saúde indica que estão simultaneamente a ser convocados todos aqueles que ainda não fizeram a primeira dose de reforço (terceira dose) e se encontram elegíveis.
O jornal "Público" noticia hoje que falta vacinar com a terceira dose 1,5 milhões de adultos no país.
A DGS refere que a população elegível para esta segunda dose deve ser vacinada com um intervalo mínimo de quatro meses após a última dose ou após um diagnóstico de infeção por SARSCoV-2, ou seja, este reforço abrange também as pessoas que recuperaram da infeção.
A administração da segunda dose de reforço da vacina contra a covid-19 insere-se na estratégia de melhoria da proteção da população mais vulnerável.
No relatório sobre a evolução da pandemia divulgado na sexta-feira, a DGS e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) atualizaram os dados sobre internamentos por estado vacinal, indicando que, entre 01 e 31 de maio, as “pessoas com idade igual ou superior a 50 anos com um esquema vacinal completo parecem apresentar um risco de internamento semelhante ao das pessoas sem um esquema vacinal completo”, o que vem reforçar a recomendação da dose de reforço nos grupos etários mais velhos.
Já nos idosos com 80 e mais anos, a segunda dose de reforço reduz o risco de morte por covid-19 em quatro vezes em relação a quem tem o esquema vacinal completo e em sete vezes em relação aos não vacinados ou com esquema incompleto.
Desde o início da pandemia, em março de 2020, Portugal já registou 5.301.167 casos de infeção, 338.018 dos quais suspeitas de reinfeção, que perfazem 6,4% do total de contágios.