25 jul, 2022 - 14:31 • Fátima Casanova
Bernardo Viana, de 17 anos, terminou o ensino secundário na Escola Secundária de Miraflores, em Lisboa, com 18,2 valores. Uma média que lhe dá confiança, tivesse ele certeza da profissão que quer exercer. Bernardo admite que “é muito difícil estar a tomar uma decisão de que curso vou seguir sem conhecer as profissões ligadas à área”. E assume que sente “muito essa dificuldade”.
Sem ter certezas sobre o que quer para um futuro mais longínquo, Bernardo decide-se, para já, pelo curso de Direito, “porque é uma área mais abrangente”, que lhe permite seguir “outro rumo” e ao mesmo tempo dar “algumas bases para um percurso que ainda não sei bem qual é”.
Apesar da incerteza que admite sentir, este futuro estudante universitário não vacila quando faz contas à vida e, por isso, pensa escolher a Universidade Católica, porque tem “bolsa a 100%” , ou seja, apesar de ser privada consegue “que este ano fique mais barato do que no ensino público”.
Bernardo, ainda assim, vai candidatar-me à Universidade Nova e também à Universidade de Lisboa, agora na primeira fase do concurso nacional de acesso, que decorre até 8 de agosto.
O Direito prevalece, mas na lista também estão os cursos de Ciências da Comunicação e Ciência Política e Relações Internacionais, ambos na Universidade Nova.
Também de 17 anos, Inês não tem dúvidas: quer entrar no curso de Medicina. Estudou para isso e tem as três opções bem definidas para colocar na candidatura: “a minha primeira opção é a Nova Medical School, a minha segunda opção é a Universidade de Lisboa, em Santa Maria, e tenho como terceira opção a Universidade da Madeira”.
Seguir Medicina é um sonho antigo. Inês assume que o seu “principal objetivo é ajudar as pessoas” e fala na “inspiração da madrinha, que é medica”. Por isso, diz, não lhe “restam muitas dúvidas sobre aquilo que quer fazer” no futuro.
Esta candidata a médica estudou na Escola Secundária Alberto Neto, em Queluz. Conseguiu ter média interna de 18,78, mas com os exames recuou para 17,8.
A Inês reconhece que atravessar os três anos de pandemia foi difícil, “principalmente nas disciplinas mais práticas, como Matemática A e Físico-Química".
Teve "algumas dificuldades em aprender a nova matéria com o ensino à distância” e acabou por recorrer ao “apoio de explicações”. Os professores também lhe deram o apoio possível, mas “tudo ficou melhor com o ensino presencial.”
Passadas as dificuldades de três anos letivos com a pandemia por Covid-19 a ditar mudança de regras também ao nível dos exames nacionais, estes estudantes iniciam uma nova fase da sua vida com a candidatura ao Ensino Superior.
Explicador
Há quase 55 mil vagas para cursos em universidades(...)