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Marcelo desvaloriza audiência com Ventura. "Estou preocupado é com a Saúde"

29 jul, 2022 - 19:17 • Susana Madureira Martins , com Redação

O Presidente da República apelou “à aproximação de posições” entre administração e médicos, no caso do Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa.

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O Presidente da República manifestou esta sexta-feira a sua preocupação com a situação no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, e alertou que "a pior coisa" que poderia acontecer era uma "radicalização de posições, um beco sem saída”, entre médicos e administração.

À saída de Belém, questionado pelos jornalistas sobre as palavras do líder do Chega, depois da audiência, Marcelo Rebelo de Sousa desvalorizou o encontro com André Ventura e direcionou o seu discurso para uma preocupação maior: a saúde dos portugueses e a falta de acordo entre a administração do São Francisco de Xavier e os profissionais deste hospital.

“Não me pronuncio sobre problemas internos da Assembleia da República ou de qualquer outro órgão de soberania”, começou por dizer.

“Pediram-me várias vezes durante a última legislatura para o fazer, mas eu não me pronunciei e não vou abrir uma exceção. É uma posição que está adquirida”, sublinhou, para logo depois passar ao tema que verdadeiramente o preocupa.

“Preocupado estou é com o problema da saúde. Esses são problemas que preocupam realmente os portugueses, o dia-a-dia, problemas de ordem económica e social, a saúde. Vamos ver se é possível um acordo, dentro desta estrutura de saúde [São Francisco Xavier] e de outras, antes do começo de agosto”, afirmou o Presidente.

Marcelo disse estar preocupado com “a falta de acordo entre os profissionais de saúde e os responsáveis do Serviço Nacional de saúde”, nomeadamente no Hospital de São Francisco Xavier”.

“Isso preocupa-me e preocupa os portugueses, porque a pior coisa que poderia existir, uma vez que vamos entrar no mês de agosto, era uma radicalização de posições, haver um beco sem saída”, sustentou.

“Quem pagaria a fatura seriam os portugueses e isso, em todas as situações, mas sobretudo num período como o verão é uma situação a evitar”, pediu.

“Se for preciso apelar à aproximação de posições entre as duas partes, isso era tão importante”, assinalou, defendendo, por outro lado que “qualquer outra solução, de um lado ou de outro, é uma má solução”.

Os chefes de equipa do serviço de urgência do Hospital São Francisco Xavier anunciaram esta sexta-feira a sua demissão, alegando o planeamento da escala do mês de agosto, que prevê que a constituição das equipas do serviço de urgência geral (SUG) seja assegurada apenas por um assistente hospitalar (com função de chefia) e um interno de formação geral.

Os médicos estiveram, depois, reunidos com a administração hospitalar que, no final do encontro, garantiu aos jornalistas que estão asseguradas as “condições mínimas” para o funcionamento das urgências do Hospital São Francisco Xavier, durante o mês de agosto.

Ventura alerta para risco de "conflito físico" no Parlamento

As preocupações manifestadas por Marcelo Rebelo de Sousa seguiram-se ao encontro que manteve com André Ventura.

Antes, aos jornalistas, o líder do Chega admitiu risco de "conflito físico" na Assembleia da República, e disse acreditar que Marcelo tudo fará para controlar o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva.

“Eu disse ao Presidente da República que, ao não exercer nenhuma influência sobre o presidente da Assembleia da República, a possibilidade de um escalar de conflito físico, verbal e político é real. E ninguém quer ver no Parlamento situações como já vimos noutros países do mundo, em que deputados desentendidos uns com os outros quase à batatada no hemiciclo", alertou o líder do Chega.

Comentários
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  • Maria
    29 jul, 2022 Palmela 23:18
    Estas preocupado com a saude? Vai ao medico!
  • José J C Cruz Pinto
    29 jul, 2022 ILHAVO 20:11
    Ouviram bem o "dito-cujo".à saída da "audiência" em Belém ? Se o Presidente não "ralhar" com Augusto Sanros Silva (ao menos em privado), podemos chegar a ter "batatada" (vulgo "porrada") no Parlamento. É de perguntar se estas declarações e a eventual "porrada" também serão constitucionais.

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