04 ago, 2022 - 11:12 • Lusa
A petição contra o encerramento da Estação Nova de Coimbra (Coimbra-A) deu entrada na Assembleia da República (AR), depois de ter reunido o apoio de 3.411 subscritores, anunciou nesta quinta-feira o movimento que promoveu a iniciativa.
A petição foi entregue em maio na Assembleia da República e foi aceite para ser debatida em junho, afirmou nesta quinta-feira o Movimento Cívico pela Estação Nova (MCEN), em nota de imprensa enviada à agência Lusa.
A petição defende a manutenção da ligação ferroviária entre Coimbra-B e Coimbra-A, que deverá terminar no início de 2024, no âmbito da implementação do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), que passará a assegurar o transporte entre a Estação Velha (Coimbra-B) e o centro da cidade, através de "metrobus".
De acordo com o MCEN, a petição deverá ser analisada na Comissão de Economia e Obras Públicas do Parlamento, que tem como deputado relator o socialista Pedro Coimbra, eleito pelo círculo eleitoral de Coimbra.
"O MCEN vai continuar a lutar para evitar que este erro histórico, altamente lesivo para milhares de habitantes da cidade e da região, se concretize, prejudicando o sistema de transportes públicos de Coimbra e da região Centro", frisou o movimento.
O movimento considera que a coexistência entre a ligação ferroviária ao centro da cidade e o SMM pode "ser facilmente implementada, através da adoção de uma das variantes de traçado estudada na fase de projeto".
Em abril, quando questionada sobre a petição pública que defende a manutenção da ligação ferroviária à Estação Nova, a sociedade Metro Mondego salientou que a discussão de alternativas "radicalmente diferentes" das projetadas é "extemporânea", ainda para mais tendo o SMM sido concebido desde o seu início partindo do pressuposto que integraria o canal entre Coimbra-A e Coimbra-B.
A hipótese de se manter a ligação ferroviária "iria atrasar de forma expressiva a data de entrada em serviço do SMM", sublinhou a Metro Mondego, posição corroborada pela Câmara Municipal de Coimbra (CMC) e pelo Ministério das Infraestruturas.
Segundo a Metro Mondego, qualquer alteração relevante levaria a um adiamento do serviço de "pelo menos por mais três anos".