Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Cada turista de cruzeiro gasta 82 euros em Lisboa

05 ago, 2022 - 12:23 • Lusa

Estudo revela que perfil dos turistas de cruzeiro está a mudar. Gastam mais em alojamento de quatro e cinco estrelas e restauração.

A+ / A-

Os passageiros de cruzeiro que visitam Lisboa gastam na cidade uma média de 82 euros por pessoa na totalidade da sua permanência, sobretudo em alojamento e restauração, indica um estudo divulgado nesta sexta-feira.

Os dados, divulgados pela Administração do Porto de Lisboa (APL), mostram que são os passageiros que iniciam o cruzeiro em Lisboa quem mais contribui para este valor médio de 82 euros, ao despenderem, em média, 367 euros por pessoa antes do embarque (em hotelaria, restauração ou outros consumos).

Em contrapartida, os passageiros cujos cruzeiros estão em trânsito (com escala no Porto de Lisboa que permite uma visita) pela capital portuguesa, são os que gastam menos, em média 37 euros por pessoa.

Perfil dos passageiros está a mudar

Numa nota, o Porto de Lisboa destacou que estes dados demonstram a alteração no perfil dos passageiros e da atividade de cruzeiros, já que esta média de despesas por pessoa "é superior aos números conhecidos até agora, mostrando também um maior poder de compra dos turistas que escolhem os cruzeiros para visitar Lisboa e que elegem maioritariamente hotéis de quatro e cinco estrelas nas suas estadias pré e pós-cruzeiro".

"Estes são dados que atestam que estamos a assistir a uma transformação do perfil da atividade e dos passageiros de cruzeiros, no sentido de uma maior qualificação e valorização", sublinha a APL.

De acordo com o estudo, 96% do total de passageiros de cruzeiros (os que embarcam, desembarcam ou passam em trânsito por Lisboa) estão satisfeitos com a escala no Porto de Lisboa.

Os passageiros em modo "turnaround" (que iniciam ou terminam o seu cruzeiro na capital portuguesa) ficam, em média, 2,1 dias na cidade antes de embarcarem no cruzeiro e 1,5 dias depois do desembarque.

Nesse período, as atividades preferidas por quem desembarcou em "turnaround" são as visitas a atrações turísticas, enquanto quem vai embarcar prefere frequentar restaurantes e cafés.

Quanto aos passageiros em trânsito, sete em cada 10 deles (69%) visitam a cidade a pé, 48% fazem compras, 47% frequentam cafés e restaurantes e 28% visitam atrações turísticas.

Zona histórica preferida

Em todos os tipos de passageiros, as zonas da Baixa/Chiado, Alfama/Castelo/Mouraria, Bairro Alto/Cais do Sodré e Belém são as mais visitadas em Lisboa, mas 35% dos que desembarcam em "turnaround" afirmaram pretender também visitar Sintra.

Antes de embarcarem em Lisboa, 89% escolhem ficar na cidade em alojamento de quatro ou cinco estrelas. Por outro lado, 73% dos que desembarcam não ficam alojados na cidade, embora quem fique também prefira ficar em hotéis de cinco (19%) ou de quatro estrelas (6%).

Em termos de nacionalidades, os norte-americanos são os que mais vão a restaurantes/cafés, os italianos dominam as visitas a locais turísticos e os britânicos são os que mais fazem compras em lojas.

O estudo, feito pela empresa Netsonda para a Administração do Porto de Lisboa (APL) e para a Lisbon Cruise Port, pretendeu compreender melhor o perfil dos passageiros que passam pelo Terminal de Cruzeiros de Lisboa, assim como o que os motivou.

O trabalho de campo decorreu entre 9 de abril e 23 de maio e foram efetuadas 853 entrevistas, amostra correspondente a uma margem de erro de +/- 3,36%.

Dos passageiros de cruzeiros da amostra (54% mulheres, 46% homens e a maioria - 65% - com 55 ou mais anos), 80% estiveram em Lisboa em trânsito e os restantes em "turnaround" (13% dos quais com embarque e 7% com desembarque em Lisboa).

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+