09 ago, 2022 - 13:13 • Rosário Silva
A Universidade de Évora (UÉ) vai poder melhorar as condições de alojamento dos seus estudantes, uma vez que viu aprovadas as suas candidaturas no âmbito do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR).
A adaptação de edifício para Residência das Alcaçarias e a reconversão do Antigo Clube dos Sargentos do Exército para alojamento estudantil são os projetos da instituição que representam um investimento na ordem dos nove milhões de euros.
As candidaturas que viram agora “luz verde” pretendem contribuir para “dar resposta a um problema e a uma preocupação premente da universidade e da cidade”, esclarece a reitora da instituição, Hermínia Vasconcelos Vilar, citada num comunicado enviado à Renascença.
“Através destes projetos conseguimos simultaneamente melhorar a atratividade da universidade e da própria cidade, oferecendo um serviço de qualidade e aumentando a oferta” acrescenta a responsável da academia alentejana, que reconhece esta como uma das áreas de atuação prioritárias no âmbito da ação social.
Segundo a UÉ, estes investimentos vão permitir reforçar “em mais 105 camas, a oferta de alojamento estudantil”, que passa assim “a um universo de cerca de 630 camas disponíveis para os seus alunos”.
Hermínia Vasconcelos Vilar, sublinha a este propósito que “a reitoria vai continuar a trabalhar no sentido de oferecer mais estruturas atualizadas, com preços acessíveis e em maior distribuição pela malha urbana da cidade de Évora”, onde “a eficiência energética dos edifícios, o conforto disponibilizado e a criação de valências com vista à melhoria da qualidade de vida dos estudantes são aspetos assumidos como prioritários.
Os resultados finais das candidaturas ao financiamento do Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior (PNAES), que prevê a atribuição de 375 milhões de euros para construção, aquisição, adequação e renovação de residências para estudantes de ensino superior, “naquele que é o maior investimento de sempre em alojamento estudantil” foi, entretanto, homologado pela ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato.
Foram selecionadas 134 candidaturas, totalizando 18.239 camas. Deste total de camas, 11.795 são camas novas, que reforçam a rede existente, e 6.444 camas resultam da renovação da atual rede de residências de estudantes já em funcionamento, procedendo à sua requalificação.
A região Norte é quem terá o maior número de camas financiadas pelo PNAES (5.614), seguida do Centro (4.790) e Lisboa (4.421). No Alentejo, o reforço será de 1 .991 camas, entre novas e requalificadas, 719 no Algarve, 434 na região autónoma da Madeira e 270 nos Açores.
Com a implementação do PNAES, é possível reforçar “as condições de alojamento para estudantes deslocados, designadamente os mais desfavorecidos economicamente, dando resposta às necessidades que a pressão do mercado imobiliário impôs, sobretudo nos últimos anos”, refere uma nota do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
A Agência Nacional Erasmus+ Educação e Formação, entidade a quem compete a gestão desta medida de investimento, vai proceder ao processo de discussão e contratualização dos financiamentos com promotores das diferentes operações.
Embora contrarie tendência de aumento desde a pand(...)