10 ago, 2022 - 18:43 • Redação
O incêndio que lavra na Serra da Estrela já chegou à Guarda e obrigou esta quarta-feira a evacuar a praia fluvial de Videmonte.
Pelas 18h30, as chamas estavam a ser combatidas por 1.149 operacionais, apoiados por cinco meios aéreos e 370 viaturas.
O presidente da Câmara da Guarda, Sérgio, Costa, diz à Renascença que se as chamas não forem dominadas nas próximas horas poderão colocar em risco várias aldeias.
O autarca diz que o fogo está "muito longe de estar controlado" e revela que já pediu um reforço de meios.
O fogo lavra há cinco dias. Deflagrou no sábado, pelas 3h00 da madrugada, junto à localidade de Garrocho, no concelho da Covilhã.
O incêndio já é o maior do ano em Portugal, com 9.532 hectares de área ardida até às 17h30 desta quarta-feira. Os dados foram recolhidos pela Renascença junto do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS).
O fogo já destruiu 10,7% do Parque Natural da Serra da Estrela.
Outra incêndio que está a preocupar as autoridades lavra no concelho de Oliveira do Hospital.
Nove meios aéreos e 254 operacionais encontram-se a combater duas frentes, disse à agência Lusa fonte da Câmara Municipal.
José Francisco Rolo diz que o incêndio começou em Meruge, uma freguesia no limite do concelho de Oliveira do Hospital com o concelho de Seia (Guarda), por volta das 15h00.
“O fogo já chegou a Seixo da Beira e vai em direção à Sobreda. Temos duas frentes: uma vai em direção a Seia e outra em direção a Viseu”, descreveu.
De acordo com o autarca, as chamas lavram numa zona de “povoamento disperso e de quintas”.
“Está muito vento e isso preocupa-nos”, acrescentou.
[notícia atualizada às 19h53]