12 ago, 2022 - 13:14 • Redação
Ao sétimo dia de incêndio no Parque Natural da Serra da Estrela, as chamas continuam por dominar. E apesar de o cenário ser, neste momento, de maior estabilidade, continua elevado o risco de reativações esta sexta-feira à tarde.
A informação foi avançada ao início desta tarde em conferência de imprensa pelo segundo comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, Miguel Cruz.
"O incêndio no restante perímetro [para lá da Serra da Estrela] apresenta-se mais estabilizado, o trabalho durante o dia vai incidir nesta zona e nos restantes pontos quentes ao longo do perímetro do incêndio para garantir a sua consolidação e tendo em atenção a possibilidade de ocorrência de reativações durante a tarde, que vamos tentar que sejam controladas."
O incêndio na Serra da Estrela, que deflagrou no concelho da Covilhã no passado sábado e alastrou para Manteigas, Gouveia, Guarda e Celorico da Beira, é já o maior a atingir o território nacional este ano, tendo já consumido um quinto do Parque Natural.
Dos cinco bombeiros envolvidos num acidente com uma viatura de combate às chamas ontem, em Celorico da Beira, no distrito da Guarda, dois já tiveram alta hospitalar e um poderá sair do hospital ainda hoje.
O capotamento de uma viatura dos bombeiros de Loures numa das frentes ativas do incêndio na quinta-feira resultou em três feridos graves e dois ligeiros.
De acordo com o coordenador do gabinete de crise do INEM, Tiago Augusto, dois dos feridos graves vão "ficar em monitorização", um internado no hospital de Viseu, o outro no hospital da Guarda.
"Do acidente resultaram cinco vítimas, três delas graves. Felizmente, as lesões carecem de vigilância mas o prognóstico é o de recuperação destes operacionais."
Pelas 13h30, de acordo com dados disponibilizados no site da Proteção Civil, estavam no terreno quase 1.600 operacionais, apoiados por 460 meios terrestres e 18 meios aéreos, incluindo uma aeronave cedida por Espanha.