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Serra da Estrela a arder. "Vai ser um dia muito complicado para garantir que incêndio estabiliza"

16 ago, 2022 - 12:33 • Redação

Ao décimo dia de incêndio, estão confirmados 19 feridos ligeiros, três graves e habitações danificadas. Presidente da ANEPC reúne-se com autarcas de Belmonte, Covilhã e Guarda.

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O incêndio que continua a lavrar na região da Serra da Estrela desde a madrugada de 6 de agosto continua "ativo" e está "bastante partido", apresentando várias frentes ativas o que o torna "mais difícil de combater", com os operacionais no terreno sujeitos a condições meteorológicas "adversas" que elevam a "potencialidade de novas frentes".

A informação foi avançada esta terça-feira pelo Comandante Nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes, na conferência de imprensa para dar conta da evolução do fogo no terreno.

"Vai ser um dia muito complicado, de muito trabalho, para garantir que o incêndio estabiliza", adiantou a mesma fonte aos jornalistas, definindo como prioridade no terreno as "manobras de estabilização".

Estas manobras estarão concentradas nas três frentes ativas do fogo, que está "muito fragmentado" devido às características acidentadas do terreno: uma voltada a sul, em Orjais; uma a nordeste, em Velada; e uma frente a norte.

Ainda de acordo com o responsável da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), o incêndio que lavra pelo 10.º dia consecutivo provocou, até ao momento, 19 feridos ligeiros, três feridos graves e 25 feridos assistidos no terreno. Nenhum dos três feridos graves corre perigo de vida, adiantou o comandante André Fernandes.

Para já, há registo de duas habitações atingidas pelas chamas em Vale Formoso. Neste momento, o incêndio atinge os municípios de Manteigas, Covilhã e Guarda.

Pelas 13h, de acordo com informações da Proteção Civil no seu site oficial, estavam mobilizados no combate às chamas 1.142 operacionais, 345 veículos terrestres e 13 meios aéreos.

Ao início da tarde desta segunda-feira, o presidente da ANEPC deslocou-se a Belmonte para se reunir com os autarcas dos municípios mais afetados pelas chamas, no quartel dos bombeiros de Belmonte.

O general Duarte da Costa quer ouvir dos três presidentes de Câmara de Belmonte, Covilhã e Guarda quais são, neste momento, as principais necessidades no terreno, sobretudo no que toca ao apoio e proteção das populações mais afetadas.

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