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Incêndio na Serra da Estrela. 90% do perímetro dominado, 10 mil hectares ardidos em três dias

17 ago, 2022 - 12:14 • Redação

Maioria da população retirada devido às chamas já regressou às suas casas, adianta comandante nacional da Proteção Civil.

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O comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes, adiantou esta quarta-feira que cerca de "90% do perímetro do incêndio" que lavra desde dia 6 de agosto na região da Serra da Estrela está já dominado, mantendo-se uma frente ativa e uma outra frente com pontos quentes suscetíveis de reativarem durante a tarde.

“Neste momento 90% do perímetro do incêndio encontra-se dominado, sendo que existem 10% por dominar. O incêndio tem uma frente ativa no distrito de Castelo Branco, na Covilhã, entre a Quinta da Atalaia, Teixoso e Orjais, sendo a frente que nos preocupa mais”. Já na frente de incêndio na Guarda, acrescentou André Fernandes, há "vários pontos quentes com oportunidade de abertura de incêndio", ou seja, de reativação.

A informação chegou horas depois de a secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, ter adiantado aos jornalistas que já não havia frentes ativas de fogo, um dado igualmente avançado pelo autarca de Belmonte.

A maioria da população retirada devido às chamas já regressou às suas casas, acrescentou André Fernandes.

Questionado sobre quantos hectares arderam desde a reativação deste fogo na segunda-feira, depois de ter sido dado como dominado na sexta, o responsável da Proteção Civil disse que "a área estimada ardida cifra-se em 10 mil hectares". Explicou ainda que grande parte desses 10 mil hectares ardeu "durante quatro a cinco horas com bastante violência logo no dia 15".

Este incêndio deflagrou originalmente na madrugada de 6 de agosto em Garrocho, na Covilhã, distrito de Castelo Branco, alastrando aos concelhos de Manteigas, Gouveia, Guarda e Celorico da Beira, no distrito da Guarda.

Face ao agravamento da situação meteorológica, no dia em que o IPMA alertou para uma nova onda de calor em Portugal, André Fernandes diz que as equipas se mantêm a postos no terreno para responder a qualquer reacendimento.

"Vamos fazer esta avaliação com calma e ponderação e avaliar quais as áreas com maior aumento de risco [de reativações]."

Pelas 12h20, estavam mobilizados no terreno 1.235 operacionais, apoiados por 393 veículos terrestres e 12 meios aéreos, de acordo com o site oficial da ANEPC.

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