17 ago, 2022 - 23:16 • Vítor Mesquita com Lusa
Mais de 400 operacionais estavam esta quarta-feira às 22h30 a combater o incêndio que lavra nas Caldas da Rainha (Leiria), de acordo com o site da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Segundo Vítor Marques, presidente da Câmara de Caldas da Rainha, à Renascença, há três feridos a registar - dois bombeiros e um civil. Durante o combate registou-se a morte de um bombeiro, da corporação de Óbidos, por "doença súbita", segundo fonte do Comando de Operações de Socorro (CDOS) de Leiria.
Este fogo deflagrou às 13h45 em Rostos, nas Caldas da Rainha, distrito de Leiria, e alastrou ao concelho de Rio Maior, distrito de Santarém e Azambuja, no distrito de Lisboa.
Já pelas 2h20 desta quinta-feira, o combate ao incêndio refletia um reforço de meios. Cerca de 600 operacionais, apoiados por perto de 200 viaturas, estavam envolvidos no combate às chamas, de acordo com a página da internet da ANEPC.
Em declarações à Renascença, ao início da madrugada, o autarca das Caldas da Rainha dava conta de uma perspetiva positiva na evolução do trabalho dos bombeiros, adiantando uma "situação mais calma", no seu concelho. No entanto, referia maiores preocupações nos dois concelhos vizinhos. "A indicação que tenho da Proteção Civil é da meia-noite e havia dois focos de reacendimentos. Um na localidade de Abuxanas, em Rio Maior e outro em Quebradas, no concelho de Azambuja", referiu depois de ter estado reunido com elementos da ANEPC.
Ao início da noite de quarta-feira, ANEPC havia registado até às 19h00 43 incêndios, com destaque para os que decorrem nos municípios das Caldas da Rainha e Alijó, e o da Serra da Estrela, entretanto, já dominado.
Devido ao incêndio na serra da Estrela, foram contabilizados 21 feridos ligeiros e três feridos graves de um total de 46 pessoas assistidas, e 43 retiradas de casa (a maioria já regressou), mantendo-se o mesmo número de feridos ou pessoas retiradas das suas casas.
Pelas 21h30, este fogo lavra há 11 dias foi dado como dominado.
Este fogo deflagrou no dia 6 de agosto em Garrocho, no concelho da Covilhã, e foi dado como dominado no sábado, dia 13, mas sofreu uma reativação na segunda-feira e consumiu mais de 14 mil hectares.
De acordo com o "site" da ANEPC, pelas 22H30, encontravam-se ainda no local 1.105 operacionais, apoiados por 356 viaturas, a realizar trabalhos de rescaldo.
[Atualizado às 02h40]