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Incêndio em Vila Real faz seis feridos. Aviões da Grécia ajudam no combate às chamas

22 ago, 2022 - 12:29 • Diogo Camilo

Fogo está a lavrar em parte do Parque Natural do Alvão e é o que mais preocupa as autoridades esta segunda-feira, tendo já consumido cerca de 4.500 hectares, adianta Proteção Civil.

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O incêndio que deflagrou ontem em Samardã, no concelho de Vila Real, já queimou cerca de 4.500 hectares numa parte do Parque Natural do Alvão, sendo o que mais preocupa as autoridades esta segunda-feira.

Em conferência de imprensa, o comandante nacional da Proteção Civil, André Fernandes, indicou ao início desta tarde que, durante a noite, os meios de combate às chamas conseguiram travar a frente de incêndio junto à EN15, referindo que o vento tem “dificultado o trabalho dos operacionais”.

O responsável adiantou que foram já registados seis feridos ligeiros até ao momento, cinco deles operacionais e um civil, e confirmou o número já avançado pelo autarca de Guarda sobre a quantidade de território consumido pelas chamas, embora adiante que não é possível ainda fazer um balanço da área ardida. Segundo o representante, "são incêndios complicados, não só pela sua dimensão, mas também pela aérea em que se desenvolvem".

Pelas 12h estavam no local cerca de 460 operacionais, apoiados por 135 meios terrestres e cinco meios aéreos, incluindo dois aviões enviados pela Grécia, explicou André Fernandes.

O alerta para o fogo foi dado às 7h00 de domingo, na serra do Alvão, zona da Samardã, e o vento forte e inconstante que se tem feito sentir empurrou-o em três frentes distintas, tendo atravessado a Estrada Nacional 2 (EN2) e a Autoestrada 24 (A24).

Na mesma conferência, André Fernandes admitiu que mantém alguma preocupação com o incêndio em Ourém, não afastando a possibilidade de reativações. No local estão neste momento mais de 300 operacionais em vigilância.

Portugal tinha ao início desta tarde quatro fogos ativos em Portugal continental: dois em Vila Real (Samardã e Mesão Frio), um em Viana do Castelo (Monção) e outro em Cabeceiras de Basto (Braga).

Nos últimos três dias foram registadas 215 ignições de incêndios rurais, combatidos por 8.034 e localizados sobretudo nos distritos do Porto, Braga e Vila Real.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou esta segunda-feira em risco máximo de incêndio mais de 100 concelhos dos distritos de Bragança, Vila Real, Porto, Aveiro, Viseu, Coimbra, Leiria, Guarda, Castelo Branco, Santarém, Portalegre e Faro.
Dezenas de outros concelhos de todos os distritos de Portugal continental estão em perigo muito elevado e elevado de incêndio rural.
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