23 ago, 2022 - 10:40 • Filipa Ribeiro , Marta Pedreira Mixão
Em Vila Real, a autarquia aguarda que seja dado como extinto o incêndio que esteve em curso nos últimos dias em Vilarinho de Samardã para fazer uma avaliação dos estragos.
À Renascença, o presidente da câmara, Rui Santos, indica que assim que for feito o levantamento poderá ser pedido o estado de calamidade para a região.
“Nós temos mais de 4.500 hectares ardidos, teremos agora de fazer uma avaliação exaustiva sobre os prejuízos, quer no imobiliário – porque há um ou outro armazém danificado – quer na área agrícola, quer ainda na área florestal e agroflorestal. Só depois é que poderemos de facto reunir com o Estado central”, explica.
“Veremos qual é a melhor solução para que haja apoio para aqueles que necessitarem desse apoio. Se for caso disso, se os prejuízos justificarem, que se decrete estado de calamidade tal como se fez noutras zonas do país, nomeadamente na Serra da Estrela”, afirma o autarca.
Rui Santos adianta ainda que, apesar de estar já em resolução, o incêndio de Samardã continua em vigilância devido ao risco de reacendimentos. No local, de acordo com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), estão mais de 300 operacionais apoiados por 97 meios terrestres e um meio aéreo.
Ainda ativo, continua o incêndio de Mesão Frio, também no distrito de Vila Real, que mobiliza mais de 100 operacionais se encontram no terreno apoiados por veículos e meios aéreos.
Mais de 80 concelhos dos distritos de Vila Real, Aveiro, Bragança, Guarda, Coimbra, Santarém, Castelo Branco, Portalegre e Faro apresentam esta terça-feira perigo máximo de incêndio, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), que colocou também vários concelhos de todos os distritos em perigo muito elevado de incêndio rural.
Segundo o instituto, o perigo de incêndio rural vai manter-se elevado em algumas regiões do continente, pelo menos, até sábado.