29 ago, 2022 - 20:34 • Liliana Monteiro
O Posto de Turismo da PSP em Lagos foi reaberto depois de intervenção direta do ministro da Administração Interna que estaria a passar férias na região, denuncia Paulo Santos, da Associação Sindical de Profissionais de Polícia (ASPP), em declarações à Renascença.
O ministro José Luís Carneiro terá passado férias no Algarve e decidiu intervir, percebendo que os turistas não tinham acesso a um balcão para queixas que existem nos postos de turismo mais urbanos.
“Tivemos conhecimento de um episódio relacionado com o posto de turismo de Lagos, que estaria encerrado devido à falta de efetivos e, ao que parece, o senhor ministro ter-se-á apercebido dessa realidade e terá feito diligências no sentido de suprir essas deficiências. Imediatamente a PSP reagiu, colocando polícias afetos à investigação criminal no Posto de Turismo”, diz à Renascença Paulo Santos, dirigente da ASPP.
Iniciativa lançada no início do verão pelo sindica(...)
O sindicalista considera que este caso é exemplificativo “da política de puxar o cobertor de um lado para o outro” e de “branquear a realidade de falta de efetivos e de envelhecimento dos efetivos”.
Nestes declarações à Renascença, a Associação Sindical de Profissionais de Polícia revela que a valência da investigação criminal tem sido desfalcada por diversas vezes para a resolução de situações deste género, e o problema não ocorre só em Lagos.
“Já há informações de que, a 1 de setembro, o Posto de Turismo do Porto vai estar com horário reduzido fruto da ausência de efetivos. Este tipo de situações é constante e não pretendíamos que o Governo e a Direção Nacional branqueassem estas situações que são diárias, queríamos que houvesse uma Polícia com alguma perspetiva de resolver os seus problemas”, afirma Paulo Santos.
A Renascença pediu esclarecimentos ao Ministério da Administração Interna, sobre a situação do Posto de Turismo de Lagos, que remeteu para a Direção Nacional da PSP.