30 ago, 2022 - 07:00 • Lusa
A Câmara da Guarda vai deixar de regar uma área de 33% dos jardins da cidade e de repor água nas fontes decorativas e reduzir o consumo nos espaços desportivos para poupar água devido à seca.
"Estamos a reduzir, no imediato, em 1/3 a área de rega nos jardins da cidade e vamos acompanhar permanentemente a necessidade de aumentar esta redução até ao limite de 100%. No imediato, 33%, [ou seja] 1/3 [da área] dos jardins da cidade vão deixar de ser regados", disse hoje o autarca Sérgio Costa (Movimento Pela Guarda).
O presidente do município da Guarda falava na apresentação das "Medidas de Contenção Fundamentais para a Moderação dos Consumos de Água no Concelho da Guarda", realizada no auditório do edifício sede da Divisão de Ambiente.
"Se nós queremos água para beber, que saia na torneira, não a podemos continuamente desperdiçar nos jardins", justificou.
Sérgio Costa adiantou que devido à falta de água, as localidades de Avelãs de Ambom, Rocamondo e Traginha estão a ser abastecidas diariamente por camiões cisterna, porque as captações locais secaram.
Disse que também já foi solicitado à empresa Águas do Vale do Tejo a adaptação de duas Estações de Tratamento de Águas Residuais para fornecimento de águas residuais tratadas para rega.
Ao nível do setor pecuário, foram reativadas antigas captações em três freguesias (Pousade e São Miguel e São Pedro do Jarmelo) para o abeberamento de animais.
Em relação às Piscinas Municipais, disse que "foi já dada ordem para diminuir a renovação ou a reposição da sua água, até ao limite da manutenção dos parâmetros legais, com a eventual necessidade do seu encerramento".
Quanto às fontes decorativas da cidade, "mesmo estando a funcionar em circuito fechado, não será feita qualquer reposição de água por evaporação, podendo levar ao seu desligamento".
A seca prolongada no continente está a afetar as culturas, levou a cortes no uso da água e obrigou aldeias a serem abastecidas com autotanques. Desde outubro de 2021 até agosto choveu praticamente metade do que seria o normal, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).