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Incêndios. Associação critica falta de detetores de obstáculos no ar após queda de helicóptero

01 set, 2022 - 22:30 • Lusa

Presidente da Associação de Proteção e Socorro diz que "esta queda em nada nos surpreendente, estes meios reportam frequentemente avarias em voo (…), colocando mesmo em causa as inspeções técnicas realizadas”.

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A Associação de Proteção e Socorro (APROSOC) critica a “ausência de equipamento específico para a deteção de obstáculos no ar”, após um helicóptero que estava a combater um incêndio em Amares (Braga) ter-se despenhado esta quinta-feira.

“Infelizmente esta queda em nada nos surpreendente, estes meios reportam frequentemente avarias em voo (…), colocando mesmo em causa as inspeções técnicas realizadas”, realçou o presidente da APROSOC, João Paulo Saraiva, em comunicado.

Para João Paulo Saraiva, a ausência de equipamento de detenção de obstáculos “continua a fazer vítimas e a revelar que nada se aprendeu com os acidentes anteriores em que outros pilotos ficaram feridos ou perderam a vida”.

O dirigente deu como exemplos os incêndios na Trafaria, no concelho de Almada (Setúbal), em que o sistema de água da aeronave não abria e de outro helicóptero, que combatia um fogo “no norte do país” e partiu a cauda na aterragem.

“Os pilotos destes meios [aéreos] devem ser as pessoas mais crentes na proteção divina, porque a proteção técnica deixa aparentemente muito a desejar”, observou.

João Paulo Saraiva deixou ainda a questão: “se uma aeronave pode ser tripulada somente pelo piloto, o que evita a queda até mesmo numa zona habitacional em caso de doença súbita do piloto?”.

Um helicóptero que estava a combater um incêndio no concelho de Amares, distrito de Braga, despenhou-se ao final da tarde de hoje na freguesia de Caldelas, disse à agência Lusa o autarca local.

Segundo o presidente da Câmara de Amares, Manuel Moreira, que se encontra próximo da zona do acidente, o aparelho caiu na União de Freguesias de Paranhos e Caldelas, na localidade de Real, quando combatia um incêndio no concelho.

O piloto do helicóptero “está consciente e colaborante”, disseram à agência Lusa fontes de socorro.

Segundo estas fontes, a equipa médica já está junto do piloto.

Fonte ligado ao setor da aviação acrescentou à Lusa, pelas 21h00, que o piloto ainda se encontrava encarcerado no helicóptero, dando conta de que a viatura de desencarceramento não conseguia chegar ao local do acidente.

Segundo a mesma fonte, o aparelho trata-se de um Bell 412, operado pela Helibravo e sediado nos Arcos de Valdevez, distrito de Viana do Castelo, e que o acidente aconteceu “após a última largada do dia” e depois de “embater num cabo de muito alta tensão”.

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